A partir de 1 de Janeiro de 2023, o salário mais baixo da tabela salarial passará a ser de 1 260 euros. O horário de trabalho nos turnos e na laboração contínua é de 35 horas semanais, «conquistadas na contratação colectiva do sector desde 2002 (há vinte anos)», anuncia, em comunicado, a Federação Portuguesa dos Sindicatos da Construção, Cerâmica e Vidro (Feviccom/CGTP-IN), que negociou o acordo.
Para além de se manterem todos os benefícios e direitos do Acordo de Empresa em vigor, os 246 trabalhadores vão ter «um aumento salarial de 140 euros por mês, a actualização do subsídio de refeição, a atribuição de uma bolsa anual de 500 euros para os filhos que frequentem o ensino superior, para além de outros subsídios e prémios».
Ainda há um longo caminho a percorrer. Embora estes aumentos seja significativos, estão aquém de tudo o que estes trabalhadores investiram na Verallia, contribuíndo decisivamente para vendas e prestação de serviços de cerca de 110 milhões de euros, com um resultado líquido superior a 18 milhões de euros, em 2021.
Estes lucros só irão aumentar com a concretização das obras do forno II na fábrica da Figueira da Foz e a instalação de painéis solares.
«O aumento dos rendimentos dos trabalhadores é imperioso, possível e determinante para assegurar maior crescimento económico, promover uma mais justa repartição da riqueza, aumentar a produtividade e incentivar a motivação laboral», relembra a estrutura sindical.