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Natal de luta para os trabalhadores da grande distribuição

Os trabalhadores dos super e hipermercados, grandes superfícies especializadas, armazéns e logísticas da distribuição estarão em greve de 22 a 24 de Dezembro, pelo aumento dos salários, contra a desregulamentação dos horários e pela contratação colectiva.

Concentração dos trabalhadores do grupo Dia (Minipreço e Clarel), junto à sede da empresa, em Oeiras,13 de Abril de 2017
Concentração dos trabalhadores do grupo Dia (Minipreço e Clarel), junto à sede da empresa, em Oeiras,13 de Abril de 2017Créditos / União dos Sindicatos de Lisboa

Está convocada greve para todo o sector da grande distribuição nos dias 23 e 24 de Dezembro. Também para o dia 22 de Dezembro está marcada greve nos armazéns e logísticas da Jerónimo Martins/Pingo Doce, da Sonae e do Dia/Minipreço e para todos os trabalhadores do Lidl (lojas, armazéns, escritórios).

Segundo uma nota do Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN), os trabalhadores da grande distribuição estão em luta «pelo aumento dos salários de todos os trabalhadores», pela eliminação da tabela B – a mais baixa e aplicada em todos os distritos à excepção de Lisboa, Porto e Setúbal – e pela «progressão automática dos operadores de armazém até ao nível VIII», correspondente a operador de armazém especializado.

O sindicato lembra ainda que «as empresas de distribuição acumulam lucros milionários mas não dão resposta às reivindicações dos trabalhadores», explicando que «a Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) e as empresas insistem nos baixos salários, na redução do valor pago pelo trabalho suplementar e pelo trabalho em dia feriado e introdução do banco de horas». Os trabalhadores exigem a negociação do contrato colectivo de trabalho, horários regulados e a manutenção do valor pago por trabalho suplementar e dia de feriado.

Pressões, discriminação salarial e horários desregulados

Para além das reivindicações gerais, transversais a todos os trabalhadores da grande distribuição, vários comunicados do CESP dão conta das reivindicações específicas de cada empresa. No Lidl, os trabalhadores exigem a compensação de todos pela retirada do período de pausa diária, a passagem a horários de tempo completo dos trabalhadores contratados a tempo parcial em locais com necessidade de reforço do quadro de pessoal, a passagem a efectivos do Lidl dos trabalhadores das empresas de trabalho temporário e o fim da pressão e assédio sobre os trabalhadores.

O grupo Auchan, que inclui o Jumbo e o Pão de Açúcar, remeteu «praticamente tudo» o que foi reivindicado para a negociação do contrato colectivo com a associação patronal, desde aumentos salariais e do subsídio de refeição, à reivindicação de 25 dias de férias, assim como a redução progressiva para as 39h já em Janeiro de 2018.

«vários tipos de ameaças e abusos de autoridade, como transferências, alteração aos horários de trabalho e atropelos ao direito à greve»

relato do cesp da situação dos trabalhadores do dia minipreço

Na logística da Sonae, os trabalhadores queixam-se de descriminação nos aumentos salariais, de ritmos de trabalho brutais e do desrespeito pelas normas de organização dos horários, assim como da pressão, repressão e assédio aos trabalhadores. Já na empresa Modelo Continente, o sindicato denuncia que em muitas lojas os horários «não são afixados com os 30 dias de antecedência» e são feitas alterações semanais. Refere ainda que nestes locais «não há respeito pela rotatividade», sendo que «em muitas lojas as duas folgas nunca são juntas» ou «os horário continuam a ser todos os dias a horas diferentes».

A discriminação salarial também continua no Pingo Doce e na Jerónimo Martins que, apesar de ter informado em Outubro que deixaria de aplicar a tabela B e iria criar uma própria, acabou por não cumprir. Os trabalhadores queixam-se ainda dos «ritmos de trabalho brutais com a obcessão dos objectivos», da falta de pessoal, das alterações diárias nos horários e do desrespeito pela rotatividade das folgas, para além da pressão e repressão sobre os trabalhadores.

Para além de também ocorrer a discriminação salarial no caso dos trabalhadores do Dia Minipreço/Clarel, estes queixam-se de «vários tipos de ameaças e abusos de autoridade, como transferências, alteração aos horários de trabalho e atropelos ao direito à greve», para além de a empresa Dia Portugal continuar «a assumir a estratégia de terciarização», «pressionando e despejando os trabalhadores para situações de desemprego».

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