Só nos sectores abrangidos pelos sindicatos da Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN), «são cerca de dez mil os trabalhadores de empresas afectadas por esta conjuntura», de uma rotura nas cadeias de «fornecimento de microchips, que afecta, com maior incidência, os sectores automóvel e de fabrico de material eléctrico».
No entanto, os trabalhadores «não podem ser prejudicados, nos seus salários, nos horários de trabalho e noutros direitos, como as férias, e tem de ser defendido» o seu direito ao emprego, até porque a «falta de microchips é da exclusiva responsabilidade das multinacionais, em particular da organização das suas cadeias de produção».
Dada a dimensão significativa de trabalhadores que poderão vir a ser afectados por esta questão, a Fiequimetal, em comunicado enviado ao AbrilAbril, considera que o assunto é merecedor de «uma intervenção urgente do Governo, no sentido de salvaguardar os direitos dos trabalhadores».
Certo é que, até agora, o Governo tem fugido a assumir as suas responsabilidades. A federação sindical considera «inqualificável o facto de o Ministério da Economia ter declinado um pedido de reunião, feito em Junho deste ano, por forma a abordar esta problemática, recorrendo ao absurdo argumento de que tal assunto é da competência do Ministério do Trabalho». Também este Ministério «ignorou a solicitação da referida reunião».
A Fiequimetal e os seus sindicatos «permanecem atentos ao evoluir da situação e apelam a que os trabalhadores continuem vigilantes, organizados e prontos a agir colectivamente, logo que tal se mostre necessário», protegendo os direitos destes trabalhadores.
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