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Governo anuncia 102 trabalhadores para a EMEF, mas só 40 são novos

O Governo reafirmou esta segunda-feira o reforço de 102 novas contratações para a EMEF. Porém, do total, 62 vêm da regularização de vínculos precários, um número muito aquém devido à saída de pessoal.

Oficina da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF), detida a 100% pela CP
Oficina da Empresa de Manutenção de Equipamento Ferroviário (EMEF), detida a 100% pela CPCréditos / Médio Tejo

O secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme Martins, visitou ontem a oficina da EMEF, em Lisboa, onde admitiu o desinvestimento do Estado na CP, conforme sindicatos denunciam há anos, mas responsabilizando o anterior governo do PSD e CDS-PP.

«Entre 2010 e 2015 os recursos humanos foram reduzidos em cerca de um terço. De 1487 trabalhadores em 2010, em 2015 tínhamos 949 ao serviço», assinalou aos jornalistas, ao mesmo tempo que anunciava a entrada de 102 novos contratos, com efeito em Outubro.

Todavia, o anúncio do Governo não caiu bem entre os representantes dos trabalhadores, com a Federação Nacional dos Sindicatos de Transportes e Comunicações (Fectrans/CGTP-IN) a questionar os números e a considerar as declarações como «propaganda».

«O mesmo governo que fala na admissão de 102 trabalhadores para a EMEF, ainda não homologou os cerca de 80 processos do PREVAP (40 dos quais nesta empresa), nem explicou se os 102 que anuncia não são efectivamente cerca de 40 (...), porque da informação que nos chega, 62 desses trabalhadores são a passagem de vínculos precários a efectivos e esses não acrescentam mais trabalhadores aos actuais», lê-se num comunicado.

A Fectrans realça ainda que a situação vivida na CP «não é um acaso, é a consequência de um longo processo, de algumas décadas, que tem como objectivo a transformação do serviço público em mais um negócio para os grupos económicos». Nomeadamente, a fragmentação da empresa, tal como se sucedeu com a venda da CP Carga, hoje Medway.

Para a estrutura sindical, existem soluções para os problemas que afectam o sector ferroviário, com medidas concretas a tomar de imediato para colocar a EMEF a funcionar a 100% na reparação do imenso património actualmente parado nas oficinas.

Entre as medidas, a Fectrans propõe dotar a EMEF dos trabalhadores que faltam, de meios necessários para, em tempo útil, adquirir peças e materiais necessários para a manutenção e conservação do material circulante, como também a «aquisição de novos comboios num plano integrado de desenvolvimento da indústria nacional, (...) com o desenvolvimento de valências de construção na EMEF».

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