O primeiro passo, sem o qual nenhuma reivindicação chegará a bom porto, é a realização de «negociações sérias», defende o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Administração Local e Regional (STAL/CGTP-IN). Sem que a Parques de Sintra – Monte da Lua assuma essa disponibilidade, de discutir e negociar com os trabalhadores e as suas estruturas representativas, as acções de luta e reivindicativas configuram o único caminho para as forças laborais.
A recusa da Parques de Sintra – Monte da Lua em continuar o processo negocial acaba por negar «direitos fundamentais e adquiridos como os horários de trabalho e a equidade entre trabalhadores da mesma empresa». A decisão é inexplicável para o STAL, sobretudo quando são os trabalhadores que «dão o seu melhor para que Sintra seja um município de referência em termos internacionais».
Na discussão sobre o novo o Acordo de Empresa, os trabalhadores e o STAL querem que um conjunto de matérias sejam «retiradas ou esclarecidas», nomeadamente a cláusula sobre a adaptabilidade: que pode significar «jornadas de trabalho de 9,5 horas diárias, sem compensação monetária e sem intervalo para descanso».
Outras das exigências dos trabalhadores, que vão estar em greve nos dias 8 e 9 de Junho, passam pela «integração de uma nova tabela salarial de forma justa e transparente; um sistema de carreiras que valorize as diversas profissões e não uma única carreira que englobe mais de metade dos trabalhadores; a regulamentação e actualização dos subsídios pagos e o pagamento a 100%, para todos os trabalhadores, das horas extraordinárias em dia de descanso semanal e feriado».
A Parques de Sintra – Monte da Lua gere os parques naturais e instituições culturais situadas na zona de Sintra e Queluz: o Parque e o Palácio Nacional da Pena, os jardins e o Palácio de Monserrate, o Castelo dos Mouros, o Convento dos Capuchos, o Jardim e o Chalet da Condessa d’Edla e, desde 2012, os Palácios Nacionais de Sintra e de Queluz.