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Com subsídio de desemprego a terminar

Ex-trabalhadores dos Estaleiros de Viana lutam pelo seu futuro

Ex-trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo constituíram uma comissão com o objectivo de encetar esforços para resolver a situação dos trabalhadores desempregados, a quem «não foram cumpridas as promessas».

Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo foram subconcessionados ao grupo Martifer em 2014, pelo governo do PSD e CDS.
Os Estaleiros Navais de Viana do Castelo foram subconcessionados ao grupo Martifer em 2014, pelo governo do PSD e CDS. CréditosArménio Belo / Agência LUSA

Ex-trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), desempregados e a receber subsídio de desemprego até 2017, constituíram uma comissão para discutir o seu futuro. «Foi-nos contada uma história de acordo mútuo, sem alternativas. Agora somos confrontados com a realidade e com uma situação grave», afirmou à imprensa João Chavarria, elemento da comissão.

Segundo o ex-trabalhador dos ENVC, «em 2014, quando o governo PSD/CDS decidiu subconcessionar os ENVC ao grupo Martifer, «disse que o problema de cerca 200 trabalhadores estava resolvido porque iam para a reforma, outros 400 iam ser inseridos na subconcessionária dos ENVC», mas passados dois anos «a realidade não é essa».

Em 2014, quando os estaleiros foram subconcessionados tinham 609 trabalhadores. O plano de rescisões amigáveis a que os trabalhadores foram convidados a aderir custou ao Estado 30,1 milhões de euros. «Agora somos confrontados com penalizações na pensão, mediante a idade e contribuições, incluindo o acordo mútuo», sustentou.

«Ficam sem o subsídio de desemprego, não têm emprego e nem vão ter direito a apoios sociais»

João Chavarria, Comissão de ex-trabalhadores dos Estaleiros Navais de Viana do Castelo

João Chavarria, que falava no final da reunião onde foi constituída a comissão representativa e onde participaram cerca de 150 ex-trabalhadores, explicou que a partir de 2017 «os trabalhadores desempregados que estejam em condições de avançar para a reforma vão sofrer demasiadas penalizações, como o factor de sustentabilidade de 13,34% e mais 12,75% por assinarem o acordo mútuo». Os que estão próximos, mas ainda sem idade de se reformar, «vão estar numa situação mais dramática e complexa porque vão ficar completamente sem nada. Ficam sem o subsídio de desemprego, não têm emprego e nem vão ter direito a apoios sociais», disse, alertando para a maior dificuldade, pela idade, em arranjarem emprego.

A comissão pretende contactar «com todas as forças vivas locais e com os partidos que estejam disponíveis para os receber», tendo já reunido com o grupo pralamentar do PCP. A deputada comunista Carla Cruz, que prometeu questionar o Governo sobre as medidas que este pondera tomar para acautelar condições de vida dignas para estes trabalhadores e suas famílias, lamentou «as promessas vãs» da subconcessionária dos ENVC de criar 400 postos de trabalhos. Sublinhou que «a promessa de que os ex-trabalhadores dos ENVC eram os primeiros a ser privilegiados na contratação não foi cumprida. Há trabalhadores que concorreram e foram recusados porque a empresa quer trabalho precário e sem direitos».

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