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Elevada adesão marca arranque da greve na Hanon

Os trabalhadores da Hanon Systems deram início esta segunda-feira a um conjunto de greve parciais ao longo de duas semanas, por aumentos salariais de 50 euros e o fim das discriminações entre turnos.

Concentração de trabalhadores à porta da fábrica da Hanon, em Palmela
Concentração de trabalhadores à porta da fábrica da Hanon, em PalmelaCréditos

«Face à intransigência da direcção da Hanon, em Palmela, em não querer negociar o caderno reivindicativo apresentado pelo Sindicato das Indústrias Eléctricas do Sul e Ilhas (SIESI/CGTP-IN), os trabalhadores decidiram, em plenário, avançar com uma greve que se prolongará entre os dias 18 e 29 de Março», lê-se na nota de imprensa.

Segundo o documento, a greve parcial que arrancou hoje conta com três períodos de paralisação, das 7h às 8h, das 9h às 10h e das 17h às 18h, que se repetirão nos dias 22, 25 e 29 de Março. Por outro lado, nos dias 20 e 27 de Março, os protestos serão mais prolongados, com uma paragem do trabalho entre as 16h e as 18h, de forma a permitir a participação de vários turnos numa concentração de protesto.

Em declarações ao AbrilAbril, Paula Sobral, dirigente do SIESI, afirmou que a adesão dos trabalhadores foi «muito boa», referindo que «apenas os trabalhadores temporários com contratos à semana e que foram ameaçados, assim como algumas chefias, permaneceram lá dentro».

Entre as reivindicações, os trabalhadores da Hanon exigem aumentos salariais de 50 euros, o fim das discriminações salariais relativas às diuturnidades, a inclusão do tempo de refeição no período efectivo de trabalho, a reposição dos direitos relativos ao pagamento dos tempos relacionados com consultas médicas e a uniformização dos turnos.

Trabalhar de madrugada para nem 600 euros levar

Sobre esta última reivindicação, Paula Sobral explicou que, de momento, «o quarto turno, que labora da 1h às 8h, apenas faz seis horas e meia», o que significa que «estes trabalhadores nem 600 euros levam para casa, apesar de ser o turno da noite, um dos mais penosos».

Por esse motivo, frisou a dirigente, para estes trabalhadores «a grande reivindicação é que lhes seja pago como as oito horas», tendo em conta o cariz penoso do turno, ou que «lhes sejam dado um turno de oito horas».

Quanto à recusa da Hanon em negociar, a dirigente afirmou estar em causa a existência de «uma comissão de trabalhadores minoritária muito próxima da direcção», com a qual «a empresa apenas aceita falar».

«Aliás, a maioria dos trabalhadores até quer deitá-la abaixo, porque acham ser uma comissão que não defende os seus interesses. Só para dar uma noção, na última sexta-feira houve plenários, organizados pela comissão, onde os trabalhadores de todos os turnos rejeitaram as suas propostas e disseram que queriam ir para a luta ao lado do seu sindicato», acrescentou.

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