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EDP dá aumento com uma mão e tira com a outra

Em Dezembro, a empresa fez «um pequeno acto de bondade», deu 100 euros de aumento nos benefícios do plano social FLEX. «Foi sol de pouca dura», lamenta a Fiequimetal, pois a empresa já compensou noutro lado.

Novo logotipo da EDP, apresentado em Junho de 2022
CréditosMiguel A. Lopes / Agência Lusa

«Mais uma vez, na última reunião plenária com os representantes sindicais, a administração da EDP fez um jogo de ilusionismo», denuncia a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas (Fiequimetal/CGTP-IN): fingiu dar com uma mão, apenas para tirar, imediatamente, com outra.

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Grupo EDP prefere cometer ilegalidades a responder aos trabalhadores

Nos últimos seis anos, a EDP acumulou lucros de cerca de 6,7 mil milhões de euros. Mesmo assim, a administração da empresa ignorou a reivindicação de um aumento salarial imediato de apenas 150 euros.

Miguel Stilwell d’Andrade, presidente executivo da EDP 
CréditosTiago Petinga / Agência Lusa

«A reivindicação de mais 150 euros no salário de cada trabalhador é mais do que justa, para fazer face ao aumento da inflação que, entretanto, já atingiu 10,1 por cento». Em comunicado, a Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (Fiequimetal/CGTP-IN) afirma que «o aumento do salário é condição essencial para que haja um mínimo de justiça na distribuição da riqueza criada».

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Trabalhadores da EDP reivindicam 150 euros de aumento

A Comissão Intersindical da EDP entregou na empresa uma proposta de revisão imediata das tabelas salariais, reivindicando 150 euros de aumento para todos os trabalhadores das empresas do Grupo.

Logotipo da EDP (foto de arquivo)
CréditosAntónio Cotrim / LUSA

Na fundamentação económica da proposta, «salienta-se que esta é realista e a sua aceitação está ao alcance da situação económica do Grupo EDP», considerando os resultados de 2021, nomeadamente «os 1104 milhões de euros de lucro líquido, os 750 milhões de euros de dividendos distribuídos aos accionistas e os quase 11 milhões de euros pagos aos dez membros do conselho de administração».

As estruturas sindicais sublinham, por um lado, que a proposta de 150 euros de aumento salarial representa pouco mais de 14 milhões de euros e, por outro, que nos últimos seis anos a EDP acumulou «lucros no montante de 6682 milhões de euros». Só no primeiro semestre deste ano os lucros líquidos da EDP «aumentaram 22,7% em relação a igual período de 2021».

A Federação Intersindical das Indústrias Metalúrgicas, Químicas, Eléctricas, Farmacêutica, Celulose, Papel, Gráfica, Imprensa, Energia e Minas (FIEQUIMETAL/CGTP-IN) chama a atenção para o facto de «os excelentes resultados financeiros dos últimos anos não se terem reflectido na qualidade de vida e nas condições de trabalho dos trabalhadores.

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A reivindicação de aumentos salariais, entregue há um mês pela Comissão Intersindical da EDP (sindicatos SIESI, SITE CSRA, SITE Centro-Norte e SITE Norte), foi completamente ignorada pela administração da EDP, que «não respondeu no prazo legal» à reivindicação apresentada a 12 de Outubro.

O Grupo EDP, que se recusa sequer a reconhecer os seus próprios trabalhadores, «tem vindo a apresentar lucros cada vez maiores», denuncai a Fiequimetal: «nos primeiros nove meses deste ano, já atingiu a bonita soma de 968 milhões de euros (resultado atribuível e interesses não controláveis), um aumento de 35,2 por cento, em relação ao mesmo período de 2021».

«A administração, que afirma ser a EDP uma empresa de referência e “top employer” [empregador de topo], tem de passar das palavras bonitas aos actos e valorizar o seu capital mais importante, os trabalhadores».

A federação sindical «não deixará de exigir o respeito pela negociação colectiva, um direito inscrito na Constituição da República Portuguesa». Mantendo-se esta postura anti-negocial, que insulta a dignidade de quem trabalha, por parte da administração, os sindicatos da CGTP-IN comprometem-se, dentro em breve, a entrar em contacto com os trabalhadores, «para decidir acções a desenvolver» no futuro.

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No dia 14 de Dezembro, o Grupo EDP anunciou um pequeno «acto de bondade»: 100 euros de aumento nos benefícios do plano social FLEX da empresa. «Foi sol de pouca dura». Menos de uma semana depois, os trabalhadores foram confrontados com o aumento do seguro MEDIS, num valor aproximado ao do aumento no FLEX.

Isto depois de, «há precisamente um ano, de forma repentina, terem sido adicionadas franquias mínimas nos serviços prestados pela MEDIS».

«Contas feitas», a administração continua a deitar «migalhas (e poucas) nos bolsos de quem trabalha», motivo pelo qual a federação sindical reafirma a necessidade «da unidade na luta pela valorização salarial e profissional de todos os trabalhadores EDP».

Entre as medidas que a administração pode aplicar, de imediato, para melhorar o pacote apresentado em Dezembro, está a redução do horário de trabalho até às 35 horas semanais e dar mais um dia de férias, sem contrapartidas, para todos os trabalhadores, assim como a aplicação, a todos, dos benefícios máximos na electricidade.

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