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«E os salários?», pergunta o sector ferroviário

Elogios à ferrovia como «estratégica para o futuro» aparecem volta e meia, mas sem medidas que valorizem trabalho e trabalhadores, afirma o Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário.

Na última greve de 12 de Março, só circularam os comboios previstos nos serviços mínimos
SNTSF defende valorização do trabalho e dos trabalhadores e alerta para perda de poder de compra CréditosMário Cruz / Agência Lusa

«Volta não volta, somos confrontados com elogios à ferrovia como estratégica para o futuro, com anúncios de muitos milhões de investimentos (anúncios várias vezes repetidos), mas sem se ouvir qualquer medida para valorizar o trabalho e os trabalhadores», lê-se num comunicado divulgado dia 4.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores do Sector Ferroviário (SNTSF/CGTP-IN) sublinha que, se o governo não alterar as suas posições no que se refere aos salários, «que depois influenciam as empresas privadas, os ferroviários e os trabalhadores em geral irão ter um dos maiores cortes salariais deste século».

Enquanto os aumentos de salários são recusados, «os bancos e os grandes grupos económicos/financeiros aumentam brutalmente os seus lucros, conseguidos à custa da redução dos salários de quem trabalha», denuncia a organização sindical, frisando que a unidade, mobilização e luta dos ferroviários e dos restantes trabalhadores do sector são elementos imprescindíveis para se conseguir «alterar a favor de quem trabalha o momento crítico que vivemos».

«Não há ferrovia sem ferroviários e estes precisam de ver valorizadas as suas remunerações, quer nas empresas públicas, quer nas privadas», destaca a nota, lembrando que, tendo em conta a inflação actual, «onde houve aumento de salários, eles já foram absorvidos pelo aumento dos preços».

No caso das empresas públicas, «geridas pelo governo maioritário do PS, as propostas são dez vezes inferiores à inflação», denuncia.

Neste contexto, alerta a estrutura sindical, a exigência do aumento real do poder de compra dos ferroviários assume uma importância cada vez maior, tanto no que respeita à luta pelo aumento de 2022 como à preparação dos aumentos para o próximo ano.

Lutas e processo contra a CP

No mesmo comunicado, o SNTSF informa que deu entrada em tribunal um processo para exigir que aos trabalhadores da ex-EMEF filiados no sindicato seja aplicado o Acordo de Empresa de 2020 a partir de um ano após o regresso às oficinas da CP – Janeiro de 2021.

Sem que isso implique uma menor mobilização a outros níveis, a luta abre-se também na frente jurídica, afirma o sindicato, tendo em conta o modo como os trabalhadores do sector «estão a ver os seus salários desvalorizados».

Entretanto, mantém-se em vigor este mês o pré-aviso de greve ao trabalho extraordinário, ao trabalho em dia de descanso semanal e ao trabalho em dia feriado – uma forma de os trabalhadores manifestarem o seu descontentamento e a sua exigência pela valorização dos seus salários.

Para dia 1 de Setembro, está agendada uma reunião na Direcção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho (DGERT), na qual será feita a defesa da necessidade da revisão urgente dos salários neste ano.

«Caso o governo/administração continue a pensar que quer uma CP com ferroviários mal pagos», serão equacionadas outras formas de luta, avisa o SNTSF, porque os «trabalhadores da CP e demais empresas têm direito a salários justos e carreiras dignas».

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