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|lay-off

Cortes nos rendimentos podem atingir mais de um milhão de trabalhadores

A maior fatia dos apoios estatais está a ser canalizada para as grandes empresas, nomeadamente para o lay-off, que actualmente abrange empresas com um total de 938 mil trabalhadores.

A Fesete considera que «é hora de o patronato mudar de estratégia»
Créditos / tamegasousa.pt

Foi numa audição na Comissão Parlamentar do Trabalho e da Segurança Social, esta quarta-feira, que a ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, divulgou os números referentes aos apoios dados pelo Estado às empresas e aos trabalhadores afectados pelo travão à economia, seja porque ficaram sem trabalho, e são já mais 32 mil os desempregados desde o início de Abril, seja porque têm de prestar apoio à família ou recebem subsídio de doença. 

Apesar de o número de desempregados registados, segundo o Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), ser de 353 mil pessoas esta terça-feira, de acordo com os dados divulgados ontem no Parlamento, apenas 178 mil estão a ser apoiados neste momento pelo Estado.

A ministra admite que o regime de lay-off simplificado, através do qual a Segurança Social paga a maior parte (70%) do salário nas empresas, tem sido a «almofada» para atenuar o aumento do número de desempregados. Mas será, sobretudo, para as grandes empresas ultrapassarem a crise gerada pela pandemia de Covid-19 sem beliscarem os lucros.

De acordo com os números avançados ontem, há cerca de 70 mil empresas ao abrigo deste regime (o sector do alojamento, restauração e turismo lidera, seguindo-se o do comércio) que empregam, ao todo, 938 mil trabalhadores, que assim ficam a receber, pelo menos, dois terços da remuneração. Ou seja, as empresas recorrem ao lay-off independentemente da sua dimensão e robustez da sua situação financeira.

Recentemente, o Sindicato dos Trabalhadores do Comércio e Serviços de Portugal (CESP/CGTP-IN) fez o resumo da obscenidade. Primark (491 milhões de lucro), Decathlon (467 milhões de lucro) e Fnac (114 milhões de lucro) são algumas das empresas que teriam capacidade para lidar com os custos da nova crise, mas que acabam a impor a socialização dos prejuízos através do lay-off simplificado. A estas, a CGTP-IN, no âmbito da análise divulgada na semana passada, acrescentava outras, nomeadamente os grupos Sheraton, Vila Galé, Pestana e Barraqueiro.

Nas previsões do Governo, a medida, que pode vir a abranger um milhão de trabalhadores, representa a saída de mil milhões de euros mensais do erário público.

Ana Mendes Godinho anunciou ainda que há 145 mil trabalhadores independentes a receber apoio extraordinário e que, no final de Março, 172 mil pessoas estavam a aceder aos apoios previstos para ficar em casa com filhos até aos 12 anos de idade. 

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