«A reunião terminou sem resposta positiva às questões da actualização dos salários e da evolução para as 35 horas semanais», disse à Lusa Manuel Leal, dirigente do Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos de Portugal (STRUP/CGTP-IN), que se reuniu esta terça-feira com a administração da Carris, Companhia Carris de Ferro de Lisboa, operador de transportes públicos da capital.
Assim, adiantou, o sindicato vai «dar entrada com o pré-aviso de greve para o dia 18 de Setembro, conforme decidido em plenário de trabalhadores». A greve de 24 horas abrangerá todos os sectores da empresa.
Os trabalhadores da Carris reivindicam um aumento salarial de 100 euros na tabela e a redução do horário de trabalho para as 35 horas semanais, incluindo os tempos de deslocação no horário de trabalho, bem como a actualização dos valores do subsídio de refeição.
Entretanto, a empresa fez uma actualização de 60 euros, mas o sindicato pede agora que sejam somados 40 euros, de forma a corresponder à reivindicação de mais 100 euros na tabela. Já em Julho os trabalhadores da Carris cumpriram uma greve parcial, com uma adesão superior a 90%, considerando que a administração «tem condições para corresponder à necessidade de um aumento real dos salários e da evolução para as 35 horas semanais».
Outra das reivindicações do STRUP é a «integração definitiva» dos trabalhadores da Carrisbus, que assegura a manutenção e reparação de autocarros e eléctricos, e da Carristur, que presta serviços de turismo e formação, ambas detidas a 100% pela Carris.
A Carris apresentou um resultado líquido positivo de 9,5 milhões de euros em 2023.
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