O Partido Ecologista «Os Verdes» interpelou o Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social com um conjunto de questões sobre o «que está a ocorrer com vários trabalhadores de empresas de trabalho temporário e de outsourcing», nomeadamente no que respeita «à implementação e adoção de medidas de contingência à Covid-19», no sentido de «evitar que as empresas tomem medidas distintas para com os trabalhadores subcontratados, expondo-os a eles e às suas famílias a maior risco.
O PEV quer também saber se os «trabalhadores de empresas de trabalho temporário e de outsourcing estão a ser abrangidos por medidas de contingência adequadas» que reduzam o risco de infecção, «em particular nos centros de contacto que continuam em funcionamento», e se o Governo «tem conhecimento da discriminação que está a ocorrer» com estes trabalhadores, quanto à «adopção de medidas de contingência».
Face ao aumento do número destes trabalhadores em empresas de «grandes grupos financeiros, de telecomunicações, de seguros, de energia, entre tantos outros», numa situação de precariedade, «com salários e direitos muito reduzidos, em comparação com os quadros das empresas», o PEV alerta para o facto de haver empresas «a discriminar os trabalhadores que desempenham actividade através de empresas subcontratadas».
Como exemplo, aponta um dos casos denunciados à Autoridade para as Condições do Trabalho. «Após a eventual infecção pela Covid-19 de um trabalhador, por precaução, os restantes com vínculo à empresa foram enviados para casa, em regime de teletrabalho, enquanto os colegas que trabalham no mesmo local, mas através de uma empresa de outsourcing, mantiveram a sua actividade nas respectivas instalações», denuncia.
«Os Verdes» sublinham ainda o facto de «muitos dos trabalhadores de empresas de trabalho temporário e outsoursing estarem a ser despedidos por se encontrarem numa situação precária».
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