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|cultura

«Municípios assumem papel do Ministério da Cultura»

O presidente da Câmara do Seixal, que a Sociedade Portuguesa de Autores (SPA) distinguiu com a Melhor Programação Cultural Autárquica 2017, denunciou, na entrega do prémio, que os municípios «assumem recorrentemente o papel que caberia a um Ministério da Cultura».

Joaquim Santos, ontem à noite, na gala da SPA
Joaquim Santos, ontem à noite, na gala da SPACréditos / Câmara Municipal do Seixal

Os galardoados na cerimónia SPA Prémio Autores 2018, que se realizou ontem no Centro Cultural de Belém, aproveitaram o tempo de antena para denunciar a precariedade e a falta de apoio às artes. E o presidente da Câmara do Seixal não foi excepção. 

Além do «estímulo» que o prémio Melhor Programação Cultural Autárquica 2017 leva ao Município do Seixal, no sentido de «continuar a investir na cultura», o edil Joaquim Santos lembrou que «são muitas as vezes em que as autarquias se sentem sós, sem o apoio dos governos e sem a existência de um trabalho estruturado e articulado, desde a Administração Central até ao poder local». 

«São os municípios, como é o caso do Seixal, que assumem recorrentemente o papel que caberia a um Ministério da Cultura, situação que se torna urgente alterar», disse.

O prémio atribuído ao município deve-se ao trabalho desenvolvido pelos trabalhadores da autarquia, pelo movimento associativo e agentes culturais do concelho e, afirmou Joaquim Santos, motiva «a trabalhar diariamente para irmos ainda mais longe na promoção e oferta cultural e no incentivo à criação cultural nas suas diferentes expressões».

O presidente aproveitou ainda a oportunidade para revelar que, para este ano, existe já «um programa recheado de bons espectáculos mas também de apoio às nossas colectividades, que muito contribuem para a promoção da cultura e para a formação de músicos com carreiras reconhecidas e repletas de sucessos».

Actores indignados com atrasos na DGArtes 

Na entrega do prémio para melhor espectáculo de Teatro à peça A vertigem dos animais antes do abate, dos Artistas Unidos, a actriz Inês Pereira leu um comunicado subscrito por 650 actores, em menos de 24 horas, a propósito  dos atrasos da Direcção-Geral das Artes (DGArtes).

«Somos actores, fazemos teatro, rádio, locuções, televisão, cinema. Muitos de nós somos licenciados em Escolas Superiores. E fazemos teatro em condições cada vez mais precárias: sem contrato de trabalho, a recibo verde, sem previsão, muitos de nós com vencimentos em atraso. Mesmo quando nos apresentamos em teatros de grande reputação», começa assim o documento.

Os actores frisam que «a maior parte de nós passará o ano de 2018 sem trabalho, sem saber se as futuras produções para as quais fomos convocados se vão manter, com salários em atraso constante ou com remunerações muito baixas».

Também a jornalista da RTP, Sandra Felgueiras, cujo programa «Sexta às 9» foi distinguido pela SPA com o prémio de Melhor Programa de Informação, aproveitou a oportunidade para denunciar a existência de falsos recibos  verdes. «Na minha equipa, uma equipa de jornalismo de investigação, ainda temos três pessoas a recibos verdes», disse, dirigindo-se ao presidente da RTP. 

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