O contínuo desinvestimento no sector está na origem do protesto

Utentes exigem melhor serviço público de transportes

Amanhã, entre as 7h e as 10h, a plataforma pelo serviço público de transportes da Península de Setúbal realiza uma tribuna pública no terminal fluvial do Barreiro.

Terminal fluvial do Barreiro
Créditos

O protesto junta comissões de utentes e sindicatos do sector na exigência de melhores condições para a prestação do serviço público de transportes. Simultaneamente, denunciam a lógica de funcionamento dos operadores privados.

Do índice de problemas identificados constam, entre outros, a não renovação da frota da Transtejo/Soflusa, a falta de renovação dos certificados de navegabilidade e a falta de trabalhadores em várias categorias profissionais.

No sector ferroviário, a denúncia recai sobre a intenção de desmantelamento da EMEF/Barreiro pelas sucessivas administrações. Segundo avança a plataforma em comunicado, esse propósito põe em causa a manutenção das composições a sul do Tejo e prevê a entrega de serviços essenciais para a circulação ferroviária ao sector privado.

Outro problema apontado refere-se à sucessiva eliminação das carreiras dos Transportes Sul do Tejo e a não articulação com o último serviço da Soflusa. Um facto que «deixa muitas vezes, gente apeada, especialmente se habitar no Montijo».

Segundo a plataforma, estas questões comprometem a qualidade de vida dos utentes e o serviço público de transportes, devido à fuga de utentes para outro meio de transporte ou utilização de transporte próprio. Nesse sentido, exige que o Governo tome medidas que travem o abandono do serviço público de transportes e impeçam a privatização de serviços essenciais às populações.

Defende-se que estas empresas devem estar ao serviço de uma estratégia metropolitana de incentivo ao transporte público, com os devidos meios técnicos e humanos essenciais ao seu funcionamento.

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