A Liga Operária Católica – Movimento de Trabalhadores Cristãos (LOC/MTC) e a sua congénere espanhola HOAC (Irmandade Operária de Acção Católica, em português) denunciam um «mundo do trabalho dominado, globalizado e desvalorizado pelo sistema económico e pelos detentores dos meios de produção e de consumo». As dificuldades que enfrentam os trabalhadores dos dois países «são semelhantes», afirmam num comunicado após uma reunião de dois dias, a 14 e 15 de Fevereiro, na Covilhã.
As estruturas católicas denunciam as alterações às leis laborais que «têm provocado a destruição do emprego, a instabilidade laboral e o retrocesso na negociação colectiva», um caminho que conduz ao «maior empobrecimento dos trabalhadores».
Os trabalhadores católicos dos países ibéricos apontam «as situações de crescente desigualdade social e injustiça laboral, de precariedade na vida, de empregos instáveis e de desemprego de longa duração». Criticam ainda «o pouco acolhimento que o sofrimento destas pessoas, nomeadamente dos jovens, tem tido no seio da Pastoral da Igreja».
No entanto, a LOC/MTC e a HOAC reconhecem «um maior sentido ético e de indignação contra as injustiças e o reconhecimento da importância e da necessidade da unidade, acreditando que outra sociedade, justa e sustentável, é possível». O «trabalho digno, justamente remunerado» é apontado como «pilar fundamental do progresso».
As organizações sublinham ainda o «envolvimento cívico nas organizações culturais sociais, sindicais, políticas e eclesiais», e o papel dos trabalhadores como «agentes de transformação» social.
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