Estes profissionais de saúde estavam destinados ao plano de contingência de Inverno, mas, para permitir uma «reavaliação dos custos», o processo de renovação dos contratos foi suspenso. Em causa estão profissionais com contratos celebrados ao abrigo do plano sazonal de Verão, com a duração de seis meses e termo certo. No passado dia 26 de Setembro, a ULS enviou emails àqueles profissionais pedindo dados pessoais para a «nova situação contratual», relacionada com o plano de contingência de Inverno, aludindo a um contrato a termo, com término em 31 de Março, e dando conta do vencimento. O início do contrato seria, assim, a 1 de Outubro, mas na terça-feira a ULS enviou nova comunicação aos mesmos profissionais dando sem efeito a proposta apresentada.
De entre os 100 profissionais implicados neste processo, só enfermeiros são cerca de 40 que já tinham, segundo o Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP/CGTP-IN), «formalizado a entrega de documentos solicitados pelos recursos humanos para assinatura dos novos contratos» no dia 1 de Outubro. Num momento em que faltam dezenas de milhares de enfermeiros no Serviço Nacional de Saúde (SNS), o Governo do PSD e do CDS-PP «opta por obrigar uma Unidade Local de Saúde a dispensar os serviços estes profissionais», critica o grupo parlamentar comunista na missiva enviada ao Governo.
Para o PCP, que na missiva pede que a tutela confirme a não renovação dos contratos e os motivos por detrás da decisão, é «lamentável» a imposição de limites à contratação definitiva de trabalhadores numa unidade «com tantas necessidades de reforço de meios». Recorde-se que tal como anunciado pela tutela no mês de Julho, o Hospital de Braga é uma das instituições escolhidas pelo Governo de Montenegro para transformar novamente em parceria público-privado. «Pretende o Governo tornar esta unidade mais rentável para o grupo privado que, a cumprir-se as intenções do Governo, vier a explorar a ULS?», questiona o grupo parlamentar comunista.
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