Este Sábado, dia 5 de Julho, em Lisboa e no Porto, as vozes da paz sairão à rua, mais uma vez, para lutar contra o genocídio do povo palestiniano e a escalada de violência no Médio Oriente. A este movimento junta-se agora a Iniciativa dos Comuns que lançou um abaixo-assinado que visa reunir todos aqueles que vêem na aposta no belicismo a erosão do regime democrático.
O manifesto que dá corpo ao documento começa por condenar a «comunidade internacional» que nada faz ante a morte de mulheres e crianças, de palestinianos famintos que na busca pela sobrevivência regressam às suas famílias de «mãos vazias, desmembrados ou mortos». De acordo com o movimento de cidadãos, a União EUropeia é cúmplice com o sucedido, resguardando-se no suposto direito de defesa israelita, enquanto ignora o genocídio em curso.
Relembrando a invasão ao Iraque e as «intervenções ocidentais ora derrubando governos no Médio Oriente e no Norte de África, como na Líbia, na Síria ou no Sudão, ora ataques israelitas ao Iémen, Líbano, Síria, Irão e Palestina», a Iniciativa dos Comuns entende que passados 20 anos está a ser feito exactamente o mesmo.
«O ataque ao Irão, por parte de Israel e dos Estados Unidos da América, violando todas as regras do direito internacional, mostra que a guerra se afirma cada vez mais como a forma “normal” de fazer política», pode ser lido no manifesto.
Acusando o Governo português de cumplicidade nos ataques ilegais ao Irão e os dirigentes políticos ocidentais de duplo standard a Iniciativa dos Comuns vinca que «vivemos uma época em que os governos instigam ao medo e à xenofobia para aumentar o negócio das armas e naturalizar a imposição de um estado de guerra permanente que liquide os nossos direitos sociais e restrinja as liberdades democráticas».
Porque não é necessário 5% do PIB para a guerra, mas sim «mais investimento para uma sociedade e um mundo mais justos», o movimento apela a que todas e todos participem nas acções previstas para Lisboa e Porto.
O abaixo-assinado continuará a ser recolhido após dia 5 de Julho, com a promessa de organização de mobilizações «que visem preservar a paz, a liberdade, os direitos e o Estado Social».
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