Ao longo do dia, distribuídos por três palcos, irão atuar 55 grupos de cantares populares, oriundos de associações de norte a sul do país. Estes grupos, compostos por homens e mulheres reformados, são exemplo de como a actividade cultural e recreativa pode ser uma poderosa expressão de cidadania ativa e envelhecimento com qualidade de vida.
«O Piquenicão é uma verdadeira mostra da vitalidade do movimento associativo dos reformados. Estes grupos não só cantam e encantam como reivindicam o direito à fruição saudável dos tempos livres», destaca o comunicado da MURPI.
Além do carácter festivo, o evento tem também uma dimensão política. O MURPI volta a exigir ao Governo e à Assembleia da República apoios financeiros adequados que permitam manter e expandir a actividade cultural e recreativa das associações de reformados por todo o país. Uma das reivindicações centrais é a criação de condições para que mais grupos culturais possam surgir, abrangendo um maior número de idosos em diferentes regiões.
A MURPI sublinha ainda que o direito à participação social e cultural é inseparável da resposta a problemas estruturais que afectam os idosos, como a pobreza, a insuficiência das pensões, o difícil acesso aos cuidados de saúde e a escassez de serviços de apoio. Neste contexto, a Confederação defende um aumento intercalar das pensões ainda em 2025, propondo uma subida mínima de 70 euros, correspondente a 5%, como forma de repor o poder de compra e mitigar o impacto do aumento do custo de vida.
O 28.º Piquenicão Nacional será, assim, mais do que um encontro festivo: será uma afirmação da vontade dos reformados, pensionistas e idosos de continuarem a ter voz, presença e direitos numa sociedade mais justa e solidária.
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