A decisão, tomada em plenário, foi divulgada em comunicado de imprensa pelo Sindicato da Hotelaria do Algarve (CGTP-IN), no qual se acusa a administração de continuar «a recusar os pedidos de reunião para negociar as propostas apresentadas».
O objectivo, indica a estrutura sindical, é «melhorar os salários, repor o pagamento do trabalho prestado em dia feriado com o acréscimo de 200% como acontecia até 2019, regular e reduzir os horários de trabalho e diminuir o número de vínculos contratuais precários».
No documento, o sindicato destaca ainda o facto de o último pedido de reunião, realizado este mês, ter sido acompanhado da entrega de um abaixo-assinado com mais de 80 assinaturas a exigir à administração que se reunisse com a Comissão Negociadora Sindical (CNS) para discutir as propostas apresentadas nos últimos anos.
A abertura da administração do Hotel PortoBay Falésia a «um processo negocial sério e justo» com a CNS é precisamente uma das reivindicações principais dos trabalhadores, com a actual acção de luta.
Outras são a negociação da proposta sindical de aumento salarial de 10%, com um mínimo de 100 euros e com efeitos a 1 de Janeiro de 2023; a reposição do pagamento do trabalho prestado em dia feriado com o acréscimo de 200%; a redução do horário para as 35 horas semanais, sem perda de remuneração; a defesa dos direitos e melhoria das condições de trabalho e de vida.
O Sindicato da Hotelaria do Algarve manifesta total solidariedade com luta dos trabalhadores pela melhoria das suas condições de vida e de trabalho, considerando que se trata de uma «questão fundamental também para garantir um serviço de qualidade aos turistas e para a imagem do turismo algarvio».
«Perante a situação amplamente divulgada pelos patrões sobre a falta de profissionais no sector, é incompreensível esta posição patronal de continuar a recusar as soluções necessárias para fixar os trabalhadores», afirma a estrutura sindical.
A elevação e intensificação da luta a partir dos locais de trabalho será a única alternativa, alerta, caso o patronato continue «a recusar a melhoria do poder de compra dos trabalhadores», de modo que estes possam suportar «o brutal aumento do custo de vida» que se verifica, e possam conciliar a vida profissional com a vida pessoal e familiar.
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