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Presos da FPLP entram em greve de fome nas cadeias israelitas

Um grupo de 54 militantes da Frente Popular para a Libertação da Palestina (FPLP) iniciou uma greve de fome em solidariedade com Walid Daqqa e outros presos doentes, que sofrem de negligência médica.

Concentração em solidariedade com o preso palestiniano Walid Daqqa, doente com cancro 
Créditos / Al Mayadeen

Num comunicado divulgado esta quinta-feira, os presos palestinianos da FPLP mostram-se determinados a tomar medidas «mais severas e com maior impacto» contra a administração prisional israelita.

O protesto tem lugar depois de as autoridades israelitas se terem recusado a libertar Walid Daqqa, preso palestiniano com cancro, e por continuarem a decretar medidas punitivas contra Ahmed Saadat, o secretário-geral da FPLP, na cadeia.

Segundo revela o canal libanês pela Al Mayadeen, a greve hoje iniciada visa denunciar as «acções punitivas arbitrárias» que são aplicadas aos presos palestinianos nas cadeias israelitas, chamar a atenção para as duras condições em que se encontram e para o aumento do número de presos doentes, que – acusam – se deve à «política de negligência médica utilizada pelas autoridades prisionais israelitas como forma de assassinar palestinianos».

Os presos da FPLP denunciam igulamente as medidas punitivas aplicadas a Ahmed Saadat / palinfo.com

O caso de Walid Daqqa, preso, activista e escritor palestiniano, ganhou relevo mediático nos últimos dias, depois de Daqqa, doente com cancro de 61 anos, ter sido transferido de urgência para um hospital israelita, devido ao seu grave estado de saúde.

Daqqa foi preso em 1986, com mais um grupo de palestinianos que participaram numa operação da resistência contra as forças da ocupação, e foi condenado a pena perpétua. Posteriormente, a sua sentença seria reduzida para 37 anos de cadeia.

Desde que lhe foi diagnosticada leucemia, vários grupos de defesa dos direitos dos presos denunciaram «a negligência médica severa» de que foi alvo.

Os 54 presos da FPLP que hoje iniciam uma greve de fome solidária e de protesto explicam que são um primeiro grupo, a que se seguirão outros, e pedem ao povo palestiniano e aos povos livres que os apoiem na sua luta «contra o carcereiro israelita».

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