Depois de a companhia irlandesa ter enviado uma carta aberta ao primeiro-ministro, a exigir vários slots (faixas horárias específicas de aterragem e descolagem) da TAP no aeroporto de Lisboa, sob pena de redireccionar uma parte da frota para outros países da União Europeia, hoje informa que vai cumprir a ameaça.
Em comunicado, a Ryanair alega que «foi forçada» a reduzir o número de aeronaves baseadas em Lisboa, de sete para quatro, «provocando o cancelamento de 5000 voos, 900 000 passageiros e de 19 rotas de Lisboa para o Verão 2022».
Operação que, além de «reduzir as opções de viagem para todos os visitantes», conduzirá à «perda de 150 empregos bem pagos na área da aviação, em Lisboa».
À semelhança do que aconteceu com a CGD, em que Bruxelas determinou o fecho de duas centenas de agências e milhares de despedimentos, o plano de reestruturação da TAP prevê que a companhia aérea portuguesa liberte 18 slots no aeroporto de Lisboa, no Inverno deste ano. Mas a Ryanair queria que a medida fosse antecipada.
A companhia low-cost acrescenta, no entanto, que as 19 rotas perdidas regressam a Lisboa em Outubro de 2022, para a programação de Inverno.
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