|Debate Quinzenal

PSD e CDS alimentam os apetites dos grandes grupos económicos pela Segurança Social

O debate quinzenal foi marcado pela discussão em torno do Sistema Público de Segurança Social, que o PSD o CDS querem subverter e privatizar.

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, interpela o Governo durante o debate quinzenal na Assembleia da República, em Lisboa, 17 de Abril de 2019
O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, interpela o Governo durante o debate quinzenal na Assembleia da República, em Lisboa, 17 de Abril de 2019 CréditosJoão Relvas / Lusa

O primeiro-ministro abriu o debate com uma intervenção defendendo a natureza pública do sistema de Segurança Social e garantindo a sua sustentabilidade. António Costa acusou mesmo a direita de querer fragilizar a Segurança Social pública em favor dos privados, procurando lançar o alarme social em torno da sua sustentabilidade para depois a privatizar. Lembrou ainda os cortes nas pensões e reformas do anterior governo, a par da célebre proposta do PSD e do CDS-PP de cortar 600 milhões de euros na Segurança Social.

Também o PS lançou farpas à governação do PSD/CDS-PP, ainda a propósito da Segurança Social, relembrando as medidas inconstitucionais que tomaram.

A direita, pelas vozes de Fernando Negrão (PSD) e Assunção Cristas (CDS-PP), procurou ainda alimentar algum alarme social sobre uma eventual ruptura no fornecimento de combustíveis, a propósito da greve dos motoristas de transportes de materiais perigosos. Uma questão sobre a qual também se pronunciou Jerónimo de Sousa, apelando à intervenção do Governo para a resolução do conflito e alertando para o objectivo dos que usam o pretexto da greve para criar alarme e pôr em causa este direito constitucional.

A líder do BE defendeu também a sustentabilidade do Sistema Público de Segurança Social, abordando ainda na sua intervenção a necessidade de alterar a legislação laboral e de combater a precariedade laboral.

Um tema a que o secretário-geral do PCP voltou, defendendo a valorização do trabalho, a eliminação das normas gravosas da legislação laboral e acusando o PS de, em convergência com o PSD e o CDS-PP, as procurar manter e, em alguns casos, agravar.

Jerónimo de Sousa alertou ainda para os apetites dos grandes grupos económicos face à actual situação financeira da Segurança Social, que considerou ser uma das melhores de sempre, e denunciou a decisão do Parlamento Europeu de criar um mega fundo de pensões europeu, decisão que obteve votos favoráveis do PS, PSD e CDS-PP.

Na recta final do debate, Heloísa Apolónia chamou ainda a atenção para os múltiplos problemas que provoca o olival intensivo, que devasta o Sul do País.

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