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|Centenário da Revolução de Outubro

PCP contra política «refém das imposições externas»

O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, defendeu este sábado para Portugal uma política «patriótica e de esquerda» que não seja «refém das imposições externas», como a actualmente assumida pelo «Governo minoritário do PS».

O programa de comemorações do Centenário da Revolução de Outubro, dinamizado pelo PCP ao longo de 2017, encerrou este sábado, na Invicta
O programa de comemorações do Centenário da Revolução de Outubro, dinamizado pelo PCP ao longo de 2017, encerrou este sábado, na InvictaCréditosManuel Almeida / Agência LUSA

Para Jerónimo de Sousa, que falava durante a Sessão Evocativa do Centenário da Revolução de Outubro, no Porto, são hoje visíveis as consequências do capitalismo na sociedade portuguesa, às quais se juntam «vulnerabilidades» e «agudos problemas» cuja solução reclama «uma política patriótica e de esquerda, como a que o PCP defende para o País».

«Uma política que não está refém das imposições externas e dos interesses do grande capital, como a que assume o actual Governo minoritário do PS», sublinhou o secretário-geral dos comunistas, defendendo a «libertação do País da submissão ao Euro e à União Europeia», bem como a «renegociação da dívida pública para libertar recursos» e a «defesa e promoção da produção nacional e dos sectores produtivos».

No dia em que o PCP assinalou o fim das comemorações do Centenário da Revolução de Outubro, Jerónimo de Sousa defendeu que «o mundo precisa do socialismo» que, assinalou, «não é incompatível com a democracia».

«O socialismo precisa da democracia, da participação consciente dos trabalhadores e do povo para se afirmar e desenvolver. Não há socialismo sem a participação dos trabalhadores e do povo, o seu contributo, o seu empenhamento, a sua decisão, sem uma organização da sociedade com um funcionamento profundamente democrático», assinalou.

Jerónimo de Sousa frisou ainda que «ninguém tem o direito de acusar o PCP de querer acabar com as liberdades» e que este foi o partido «que mais lutou em nome dessas liberdades».

Ainda numa crítica ao capitalismo, o secretário-geral do PCP falou nas «injustiças», «desigualdades» e «flagelos sociais» de um sistema que «faz com que, existindo recursos para garantir a alimentação, a saúde, o emprego e rendimentos à totalidade da população humana, mais de 800 milhões de pessoas passem fome e um em cada três seres humanos viva oficialmente abaixo do limiar da pobreza definido pela ONU».

«A escalada agressiva do imperialismo assume particular gravidade no imperialismo norte-americano que (…) procura contrariar o seu declínio relativo e impor o seu domínio hegemónico, promovendo uma escalada de tensão e provocação, operações de ingerência e guerras de agressão por todo o mundo», sublinhou.

Jerónimo de Sousa aproveitou para criticar históricos e comentadores segundo os quais «Outubro morreu» e «nada representa», e que não só compararam a Revolução Bolchevique ao Estado Islâmico, mas também defenderam que «a existência de Hitler e a II Guerra Mundial se devem à Revolução Russa», numa «caluniosa ligação entre a revolução e o fascismo».

«Vimo-los a uns e a outros a difundirem as mais torpes e estafadas mentiras, não apenas para denegrir e diabolizar a Revolução de Outubro, mas os comunistas e o seu projecto, e até a deturpar deliberadamente o que de viva voz o PCP hoje afirma sobre o significado de tão marcante acontecimento», frisou.

Para Jerónimo, só a cegueira ideológica pode justificar não reconhecerem o vasto conjunto de grandes conquistas e realizações políticas, económicas, sociais, culturais, científicas e civilizacionais do socialismo na URSS».


Com Agência Lusa

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