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Orçamento aprovado, combate reconfirmado

Aconteceu o que já se sabia: o Orçamento do Estado para 2024 foi aprovado na Assembleia da República pela maioria absoluta do PS. Se no hemiciclo essa foi a realidade, na rua, à porta do parlamento, a CGTP e centenas de trabalhadores chumbaram-no.

CréditosManuel de Almeida / Lusa

«Numa altura que os lucros das grandes empresas continuam a atingir valores recorde, em que uma minoria se enche como nunca, ao ritmo de 25 milhões de euros por dia, os trabalhadores e os reformados são confrontados com um aumento do custo de vida insuportável. Não tem de ser assim, não pode ser assim!», começou por dizer Isabel Camarinha, secretária-geral da CGTP-IN, na concentração realizada hoje em frente à Assembleia da República.

A acção que tinha como mote «Aumento dos salários e pensões. Contra o aumento do custo de vida. Mudar de rumo!» foi o reflexo da enorme contradição entre o sentido por quem empobrece a trabalhar e o professado pelo PS, direita e o inscrito no Orçamento do Estado. 

Na sua intervenção, Isabel Camarinha questionou isso mesmo: «O Orçamento do Estado vai ser aprovado em nome da estabilidade. Estabilidade de quem? Estabilidade para quê?». A mesma deu de seguida a resposta desmontando a natureza do documento: «Um Orçamento da política de direita, da política que deixa intocados os lucros e os privilégios da minoria».  

Dissecando o Orçamento que tanto o Presidente da República, como o PS e toda a direita quiseram ver aprovado, a líder da central sindical de classe considerou que este «impõe a perda de poder de compra para os trabalhadores da Administração Pública, que dá cobertura ao desastre das privatizações, que mantém a sangria do Serviço Nacional de Saúde, que não responde às necessidades da Escola Pública», enquanto simultaneamente, em nome das «contas certas», consolida os benefícios fiscais aos grandes grupos económicos, dá mais de mil milhões para as PPPs rodoviárias, segue o caminho do empobrecimento e da fragilização dos serviços públicos e distribui mais de 8 mil milhões de euros aos grupos privados da saúde.

Não só de críticas foi feita a intervenção da secretária-geral da CGTP. As propostas estiveram, como estão sempre, presentes. Foi reiterada, ante a realidade dramática do aumento de custo de vida, a urgência do «aumento geral e significativo dos salários para todos os trabalhadores, em 15%, não inferior a 150 euros»; a necessidade de «pôr fim à especulação que beneficia os grandes grupos económicos»; a importância de «controlar e reduzir os preços de bens e serviços essenciais»; a justeza da taxação dos «lucros das grandes empresas»; a exigência de «travar o aumento das rendas e impedir os despejos»; e o imperativo de «pôr os lucros da banca a suportar os aumentos da taxa de juro dos créditos da habitação». 

Para a líder da CGTP-IN «exige-se uma política alternativa, que distribua a riqueza de forma justa, que respeite e valorize o trabalho e os trabalhadores, que defenda e invista nos serviços públicos e nas funções sociais do Estado», algo que o PS demonstrou não ter vontade de fazer, mesmo tendo na maioria absoluta todas as condições para tal.

Enquanto na rua os trabalhadores votaram contra o Orçamento do Estado, na Assembleia da República, o PS fez aquilo que a direita disse que tinha que acontecer e aprovou o documento. Se razões havia para lutar, são agora acrescentadas mais razões para continuar o combate. Não somente por haver eleições, mas porque a situação dos trabalhadores e do país assim o exigem. 
 

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