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Em Outubro, o PS, com o apoio do BE e da deputada independente Joacine Katar Moreira, aprovou a extinção do SEF a partir de 11 de Janeiro de 2022. Em Novembro, o PS propõe o adiamento da extinção do SEF.

Em dia de greve nacional com elevada adesão, inspectores do SEF manifestaram-se frente ao Parlamento, a 9 de Julho de 2021, contra a extinção deste serviço e a distribuição das suas funções policiais pela PSP, GNR e PJ. Uma situação duvidosa quanto aos ganhos para a segurança interna, conhecidas as dificuldades das forças e serviços de segurança para garantir a multiplicidade de funções de que são incumbidas
Inspectores do SEF manifestaram-se contra a extinção deste serviço e a distribuição das suas funções policiais pela PSP, GNR e PJCréditosAntónio Pedro Santos / Lusa

O PS acaba de entregar na Assembleia da República um projecto que visa o adiamento, por seis meses, da extinção do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).

Apesar de o pretexto para esta proposta, que já recebeu o acordo do ministro da Administração Interna, ser a evolução da situação da Covid-19, a verdade é que a epidemia não evoluiu de forma relevante, desde o final do mês de Outubro até ao presente.

Recorde-se que há menos de 15 dias, em 12 de Novembro passado, o Diário da República publicou a legislação aprovada na Assembleia da República, segundo a qual as «atribuições de natureza policial do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) são transferidas» para a GNR, a PSP e a Polícia Judiciária.

Sindicatos do SEF expuseram os ganhos duvidosos, para a segurança interna, da extinção do serviço e da distribuição das suas funções policiais por aquelas forças e serviços de segurança, face à dificuldade das mesmas em garantir a multiplicidade de funções de que são incumbidas.

Os trabalhadores do SEF e as suas estruturas sindicais promoveram, ao longo de vários meses, acções que incluíram manifestações frente ao Parlamento e o recurso à greve, reclamando sem êxito o direito de serem ouvidos, como é de lei, no chamado processo de reestruturação proposto pelo Governo e aprovado por PS, BE e pela deputada independente Joacine Katar Moreira.

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