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|Agricultura

Hipermercados esmagam margens dos produtores familiares

A «ditadura comercial dos hipermercados» retira o acesso às prateleiras ao «pequeno e médio produtor de base familiar», denuncia a Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

O consumo privado contribuiu para o crescimento da economia
João Dinis denuncia o papel das grandes superfícies detidas por grandes grupos económicosCréditosMário Cruz / Agência LUSA

O volume da generalidade das colheitas em 2018 é «bom», apesar do tempo instável registado nos últimos meses, mas a qualidade dos produtos pode ser afectada pela falta de sol, disse João Dinis, dirigente da CNA, em declarações à Lusa.

A agricultura familiar tem sofrido com o clima mais húmido, que proporciona «o crescimento exagerado de ervas», atrasando «o trabalho das máquinas na colheita» e, consequentemente, aumentando os custos de produção.

Por sua vez, a vinha «apresenta-se com boas perspectivas», embora necessite de muitos tratamentos contra, por exemplo, pragas e doenças, «o que faz aumentar os custos de produção».

«Há culturas permanentes – para além da floresta – que sofreram bastante com os incêndios florestais. Arderam olivais, pomares, vinha e também apicultura e pecuária no geral, o que implica a redução destas produções nas regiões onde passaram os piores incêndios e que também provocaram perda de rendimentos», frisou.

Para João Dinis, o escoamento destes bens agro-alimentares continua a ser influenciado pela «ditadura comercial dos hipermercados, ficando o pequeno e médio produtor de base familiar sem acesso às prateleiras».

Fruta e azeite com quantidades «bastante assinaláveis»

«As colheitas deste ano, em geral, são boas, embora haja nuances. Há produções permanentes (frutas) com volumes de colheitas bastante assinaláveis, acima do normal, e o mesmo acontece com o azeite. Também há que diferenciar o azeite produzido no olival [tradicional] do "óleo de azeitona", mais produzido no olival superintensivo, que gosta e precisa de água», explicou João Dinis.

De acordo com o dirigente da CNA, apesar de o volume de colheitas registar «boas quantidades», as produções mediterrâneas a céu aberto, como frutas e hortícolas, «também precisam de muito sol, que tem faltado este ano».

Por isso, «a qualidade, mais entendida até como o bom sabor, não é a melhor e [há] ainda produções desta época que se atrasam na sua maturação, [precisamente] pela falta de sol».


Com Agência Lusa

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