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«Grande batalha do CDS» é atacar o direito à greve

Sublinhando a sua já conhecida posição contra o direito à greve consagrado na Constituição, Assunção Cristas dá-lhe uma nova roupagem e chama-lhe uma «necessária revisão da lei dos serviços mínimos».

CréditosPedro Granadeiro / Agência Lusa

A líder do CDS, Assunção Cristas, defendeu hoje em Matosinhos que a «lei dos serviços mínimos» deve ser actualizada para evitar que «um grupo pequenino pare um País», referindo-se à greve dos camionistas, que na sexta-feira foi desconvocada.

Na verdade, não são os serviços mínimos que os centristas querem ver revistos, mas sim a chamada «lei da greve». A medida, que corresponde à sua já conhecida posição, consta no programa eleitoral e vem acompanhada da intenção de penalizar os sindicatos em caso de incumprimento dos serviços mínimos.

Os centristas afirmam que é necessária «uma actualização de uma lei que está claramente fora do nosso tempo, fora do que é Portugal no século XXI». Para o CDS, o século XXI seria um tempo em que não seria mais necessário reforçar os mecanismos e as leis que protegem a capacidade de organização e reivindicação dos trabalhadores.

Dizendo que esta é «a grande batalha do CDS», Cristas tenta fazer esquecer as medidas promovidas pelo anterior governo em que estava coligado com o PSD – que agravaram as condições de vida das populações, e deixa claro, com este tipo de propostas, que pretende favorecer os lucros das empresas e pôr em causa os direitos dos trabalhadores.

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