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Especialistas alertam: «É urgente» reabrir as escolas

Especialistas em pediatria defendem a necessidade de se reabrirem as escolas, pela saúde das crianças e dos pais. Os mais pequenos são os que mais sofrem e há repercussões importantes no futuro.

CréditosCarlos Barba / EPA

Numa nota enviada à Direcção-Geral da Saúde (DGS), a Sociedade Portuguesa de Pediatria, o colégio de pediatria da Ordem dos Médicos e a Comissão Nacional da Saúde Materna, da Criança e do Adolescente alertam que «muitas das atitudes e decisões tomadas» no âmbito do combate à Covid-19 «foram e são nocivas para as crianças», apesar de estas contribuírem pouco para a disseminação da doença.

Os especialistas vão mais longe e afirmam que, apesar de persistirem dúvidas sobre a eficácia do encerramento das escolas no controlo da disseminação da doença, a «acção nefasta» sobre as crianças «é evidente», havendo «repercussões importantes» na sua vida, actual e futura, e na sua inserção em sociedade.

«As consequências a nível do desenvolvimento, da aprendizagem, dos comportamentos, das rotinas e no relacionamento familiar e social são inquestionáveis», referem na missiva, onde aproveitam para recordar os resultados obtidos por diversos estudos científicos sobre o confinamento, como o aumento da ansiedade, da depressão, dos distúrbios alimentares e das desigualdades sociais nas crianças e jovens. Acresce ainda o facto de grupos mais vulneráveis, como as crianças com necessidades especiais, ficarem arredadas de apoios fundamentais.

Os especialistas defendem que todas estas alterações «terão certamente efeito directo na esperança de vida destas crianças e na capacidade de evolução da própria sociedade nos anos futuros». Acreditam que, na sua globalidade, as crianças vão ter «maior dificuldade de progressão na escala social», tendendo as mais desfavorecidas a permanecer cada vez mais desfavorecidas.

«Além de tudo isto, a necessidade de supervisão das actividades escolares por adultos, muitas vezes com múltiplas tarefas domésticas e profissionais a desempenhar, em modalidade de teletrabalho, é difícil e potencialmente geradora de conflitos», alertam.

Realçam que as crianças mais pequenas ou com menor autonomia têm sido «particularmente prejudicadas» com esta situação, estando também expostas a maior risco de acidentes domésticos. Quanto aos pais, verificou-se um aumento do stress e da ansiedade, «por sentirem que não estão a cumprir o seu papel parental nem profissional». 

Como tal, afirmam que é «premente proceder à abertura das escolas e ao regresso do ensino em moldes presenciais, pela saúde das crianças, pela saúde da sociedade, pelo futuro de todos».

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