Na verdade, ao contrário do que muitos pretendem fazer crer, as eleições não se destinam a eleger nenhum primeiro-ministro. Será da eleição dos deputados e da consequente correlação de forças dela resultante que haverá lugar à nomeação de um primeiro-ministro, que submeterá à Assembleia da República a apreciação do respectivo programa de governo.
A principal questão que se coloca nestas eleições legislativas é a de abrir caminho a uma política capaz de assegurar as soluções que o País precisa, e de contribuir para a resolução de problemas que afectam a vida de milhões de portugueses. Problemas como o continuado aumento do custo de vida, o agravamento das rendas e das prestações dos empréstimos à habitação, os baixos salários, reformas e pensões e a degradação dos serviços públicos, em particular do Serviço Nacional de Saúde.
O PS não é igual ao PSD, o PSD não é igual ao CDS, o Chega e a IL não são o mesmo, mas independentemente das diferenças que existem, muitas vezes acabam por se alinhar a favor dos interesses dos grupos económicos e das multinacionais. Daí que a maioria absoluta do PS não se tenha afirmado como um obstáculo necessário às políticas de agravamento das desigualdades e injustiças e da concentração da riqueza.
Nestas eleições, do que se trata é de eleger deputados que promovam políticas que combatam as injustiças e as desigualdade, nomeadamente as que atingem 10% dos trabalhadores que, com os salários que auferem, não conseguem sair da situação de pobreza.
O período oficial da campanha eleitoral para as Eleições Legislativas de 2024 decorre desde hoje, 25 de Fevereiro, até ao dia 8 de Março, uma sexta-feira. A 9 será cumprido o dia de reflexão e a 10 de Março, milhões de portugueses sairão à rua para exercer o seu direito ao voto.
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