Não é novidade para ninguém que a cada momento de crise, com os baixos salários, a precariedade e o empobrecimento, o fluxo de jovens que saem do país em busca de uma vida melhor é cada vez maior. Está é uma marca inegável da política de direita que opta por continuar a garantir que os grandes grupos económicos explorem os mais jovens.
O Conselho Nacional da Juventude depois de analisar o Atlas da Emigração Portuguesa lançado pelo Observatório da Emigração exige medidas para fixar os jovens no país. Segundo os mesmos, «é necessário apostar em políticas para reter o talento jovem em Portugal, sendo crucial o aumento dos salários mínimo e médio em Portugal».
A organização que representa os jovens não se fica por aqui e diz mesmo que, segundo o Instituto Nacional de Estatística, até aos 25 anos de idade, 56% dos vínculos laborais são considerados precários e que na faixa etária dos 25 aos 34 anos de idade, 27% dos trabalhadores enfrentam a mesma condição de precariedade laboral.
Mantendo a mesma fonte e análise, o CNJ indica ainda que 65% dos jovens trabalhadores, recebem salários inferiores a 1000 euros, «números destacam a existência de desafios significativos em termos de estabilidade no emprego e rendimentos adequados, especialmente entre os jovens em Portugal».
Ainda que estes sejam elementos centrais na vida dos jovens, segundo a estrutura juvenil, a crise na habitação e o aumento do custo de vida são dois aspectos que também assombram o presente. É por esta razão que o CNJ diz que ao longo do ano de 2023, defendeu o aumento do parque habitacional público ou o congelamento do valor das rendas.
Este posicionamento foi divulgado em nota de imprensa após ser conhecido que quase 1 em cada 3 jovens portugueses vivem fora do país e surge num contexto próximo de eleições onde a direita parece não ir ao encontro destas reivindicações juvenis, assim como o PS que em maioria absoluta fez por agrava-las e agora evita dar as respostas concretas.
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