O mote lançado por um manifesto do Movimento Por Mais Condições Nas Escolas de Setúbal levou a que, esta quarta-feira, se tenham concretizado diversas acções de denúncia junto às escolas secundárias Manuel Cargaleiro e Santo André, ambas no Barreiro, Sebastião da Gama, em Setúbal, e Cacilhas Tejo, em Almada.
Para os estudantes desta região, estas acções simbólicas visam alertar «o actual Governo de que precisa investir na escola pública, contratando mais funcionários e professores, reduzir o número de estudantes por turma, retirar os telhados de amianto e realizar as obras necessárias nas escolas».
Este movimento, que é composto por diversos estudantes dos nove concelhos da península de Setúbal, surge com base nos valores da história, mas também com o objectivo de projectar no futuro o Dia Nacional do Estudante, 24 de Março.
Desde logo, tendo em conta a actualidade, este movimento pretende que se resolvam os problemas sentidos pelos estudantes no ensino à distância, e afirma a necessidade do retorno às aulas presenciais.
Reunião de Associações de Estudantes decide semana de protestos
Por iniciativa da associação de estudantes da Escola Artística António Arroio, em Lisboa, realizou-se ontem, no Dia Nacional do Estudante, uma reunião que contou com a participação de 30 AE de norte a sul do País.
Neste encontro online discutiram-se «os problemas do Ensino Secundário» e aponta-se a falta de investimento na Educação como uma questão central para todas as dificuldades vividas, e que também que se vão reflectir no regresso às aulas, dia 19 de Abril.
As AE anunciam existir uma «convergência alargada de que a resposta é a de se investir para garantir as condições para um regresso às escolas em segurança. Confirmou-se, também, que o ensino à distância veio agravar as diferenças socio-económicas entre estudantes, o que se refletirá na realização dos exames nacionais».
«Foram muitos os testemunhos» a denunciar que várias direcções de escolas «impediram» o direito à realização de eleições para as AE e a concretização de reuniões gerais de alunos.
Reivindica-se assim a contratação de mais funcionários, professores e psicólogos, a redução do número de alunos por turma e o respeito pelos direitos democráticos dos estudantes nas escolas.
Neste sentido, agendou-se uma semana de luta a coincidir com o regresso às aulas presenciais, e, na mesma altura, será entregue uma carta ao ministro da Educação com estas denúncias.
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