Os CTT anunciaram hoje em comunicado que o fecho das 22 lojas anunciado para este ano só vai, afinal, resultar numa redução de três. Mas as contas da administração dos Correios não batem certo, já que as restantes 19 vão ser substituídas por postos – pontos de atendimento instalados em estabelecimentos comerciais ou espaços de autarquias locais. A estas, há que somar aa lojas que irão encerrar em Coimbra, cujo fecho foi anunciado na semana passada, e no Amial (Porto), que será substituída por uma outra, junto ao Hospital de São João.
No final das contas, os CTT vão deixar de ter presença directa em 24 localizações e só num caso haverá reposição. Nas restantes, 20 passam a ter postos e três ficam sem qualquer alteranativa, não sendo ainda públicas a que localizações correspondem estes números.
Os postos de correios, em muitos casos, não prestam os mesmos serviços que são disponibilizados pelas lojas CTT (antigas estações de correios), já que correspondem a uma subconcessão: o Estado concessionou aos CTT o serviço postal universal, que, por sua vez, concessiona parte da rede postal (que está obrigado a manter) a terceiros.
Utentes acompanham autarcas na sede dos Correios contra encerramentos
Esta manhã, decorre uma reunião entre autarcas das zonas visadas pelos encerramentos e a administração dos CTT, que conta com a presença dos presidentes das câmaras municipais do Seixal, Joaquim Santos, de Loures, Bernardino Soares, e de Alpiarça, Mário Pereira, e de quatro juntas de freguesias.
Junto à sede da empresa, no Parque das Nações (Lisboa), decorre uma concentração promovida pelo Movimento dos Utentes dos Serviços Públicos (MUSP), em protesto contra os encerramentos anunciados no início do ano.
Desde a privatização da empresa, entre finais de 2013 e o início de 2014, os accionistas privados já embolsaram mais de 250 milhões de euros – um valor superior a um quarto do que o Estado recebeu pela venda.
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