Conforme estabelecido na portaria que regulamenta esta medida, o prazo termina esta quarta-feira, 24 de Setembro, mas, alerta a CNA num comunicado, a vindima ainda está a decorrer e muitos viticultores ainda não conseguem apurar que quantidades estarão capazes de entregar para destilação. Neste sentido, ontem enviou um ofício ao Ministério da Agricultura e do Mar a reclamar o alargamento do prazo para a realização das candidaturas ao apoio aos viticultores durienses, conquista das acções de luta que os viticultores realizaram nos meses de Junho e Julho.
O prazo, de oito dias úteis, consta da portaria que regulamenta esta medida, integrada no Plano de Acção para a Gestão Sustentável e Valorização do Sector Vitivinícola da Região Demarcada do Douro (RDD), aprovado pelo Governo no início de Setembro.
«Não desconsiderando a natureza urgente de todo o processo, desde a candidatura até ao pagamento», a CNA constatou no terreno a necessidade de um ajustamento do prazo para a formalização das candidaturas, a fim de impedir que os viticultores sejam «ainda mais penalizados» nos seus rendimentos. Neste sentido, considera essencial prorrogar o prazo, ajustando-o às necessidades dos viticultores, propondo, como fez na missiva enviada à tutela, que as candidaturas possam realizar-se até 24 de Setembro para os viticultores que já concluíram a vindima e até ao dia 10 de Outubro para os viticultores que ainda estão a vindimar.
A estrutura defende ainda a antecipação dos pagamentos para que os viticultores não tenham de aguardar até 31 de Dezembro para receber o respectivo apoio, tendo em conta as «circunstâncias muito difíceis em que se encontram».
«A situação dos viticultores durienses degradou-se aceleradamente nos últimos anos. Os preços pagos à produção mantêm-se em valores de há 25 anos, os custos de produção aumentaram brutalmente e acentuou-se o desequilíbrio entre o poder de mercado das grandes casas comercializadoras e exportadoras, e o dos viticultores, em especial dos pequenos e médios», critica a confederação, salientando que as dificuldades de escoamento da produção se agravaram com o corte de 15 000 pipas no benefício (quantidade de mosto que cada produtor pode destinar à produção de Vinho do Porto).
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