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|Agricultura

CNA insiste em mais apoio para responder à seca

O Governo «não antecipa grandes problemas» no abastecimento de àgua à população devido à seca e espera bons resultados também nas culturas, mas a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) alerta para que se trata de uma «situação cada vez mais grave».

O interior do Alentejo é a região mais afectada pela seca
O interior do Alentejo é a região mais afectada pela seca CréditosNuno Veiga / Agência Lusa

Segundo dados divulgados nos meios de informação, 79% do continente está em situação de seca severa e extrema, e 18 de 60 albufeiras têm disponibilidades inferiores a 40% , sendo a região do interior do Alentejo a que mais preocupa.

Perante o cenário de seca, o Governo admite que é possível conciliar o abastecimento público com a utilização agrícola até «por volta de 15 de Setembro».

«Agora com a cultura do tomate e do melão a terminar vamos ter também uma melhoria, porque vai haver menos consumo agrícola», declarou à imprensa o secretário de Estado do Ambiente, Carlos Martins.

«O Governo está comodamente sentado em cima das medidas de rotina e isto já é uma situação excepcional, de grande gravidade»

joão diniz, da confederação nacional de agricultura

Questionado sobre se Portugal não deveria pedir apoio da União Europeia, através dos fundos específicos para desastres naturais, o ministro afirmou que o País não está num estado tão crítico que o justifique, tendo em conta que o Ministério da Agricultura antecipou transferências de Bruxelas.

«E do ponto de vista do abastecimento público ainda não estamos numa situação tão crítica ou dramática que nos leve a pedir apoios complementares», disse Carlos Martins, recordando que estão a ser feitas novas captações de água, que o Governo está atento ao evoluir da situação e que criou um Plano de Prevenção, Monitorização e Acompanhamento dos Efeitos da Seca.

No entanto, João Diniz, da CNA, lembra que «a cada dia que passa agrava-se a situação» e considera que «o secretário de Estado está excessivamente optimista», acrescentando: «não é agricultor, não está preocupado, mas devia estar».

O dirigente da confederação considera que a situação «é excepcional e carece de medidas excepcionais», como a necessidade de pedir apoio à União Europeia, lembrando que metade da colheita de cereais de sequeiro está perdida.

«O Governo está comodamente sentado em cima das medidas de rotina e isto já é uma situação excepcional, de grande gravidade» refere João Diniz, alertando para o processo em curso de desertificação ambiental, a vegetação a desaparecer, a erosão, a situação crítica dos agricultores.

«Se não chover, Setembro será dos piores meses dos últimos 70 anos», afirma, recordando ainda as consequências da seca de 2005, quando também foram muitos os meses sem chuva.

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