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Secretário-geral da UGT testemunha a favor do ex-presidente do BES em tribunal

Carlos Silva confessa «admiração» e «reverência» por Ricardo Salgado

O secretário-geral da UGT, Carlos Silva, disse que os trabalhadores do BES tinham «uma grande admiração» e até «reverência» para com Ricardo Salgado, no seu depoimento como testemunha arrolada pela defesa do ex-banqueiro.

Carlos Silva, secretário-geral da UGT, é trabalhador do BES (hoje, Novo Banco) desde 1988
Carlos Silva, secretário-geral da UGT, é trabalhador do BES (hoje, Novo Banco) desde 1988CréditosMiguel A. Lopes / Agência LUSA

A admiração de Carlos Silva pelo presidente do BES, da privatização à falência do banco, era já conhecida. Hoje, no Tribunal da Concorrência, Regulação e Supervisão, em Santarém, o dirigente da UGT optou por atribuir os sentimentos para com Ricardo Salgado aos trabalhadores do BES.

O secretário-geral da UGT falou com Salgado antes de assumir a candidatura à liderança da central, em 2012. Em entrevista ao Diário As Beiras, explicou que sentiu necessidade de pedir autorização ao seu patrão, que considerou «um factor de prestígio» ter um quadro do banco naquela posição.

Carlos Silva é funcionário do BES (hoje, Novo Banco) desde 1988 e aceitou ser testemunha abonatória de Ricardo Salgado no processo que julga os pedidos de impugnação às contra-ordenações aplicadas pelo Banco de Portugal a dirigentes do banco. Em declarações à imprensa, explicou que devia «solidariedade» ao antigo patrão.

De acordo com a Lusa, o secretário-geral da UGT disse que Salgado sempre manteve um «posição honesta, correcta», com «grande sensibilidade» para com os trabalhadores. A sua experiência baseia-se nos muitos anos em que trabalhou no BES, assim como pela sua passagem pela comissão de trabalhadores do banco e pelas estruturas sindicais da UGT. Ricardo Salgado «sabia o nome das pessoas», explicou.

A ideia de que o ex-presidente do BES «decidia sozinho» só «veio depois de 2014», argumentou. As decisões «eram colegiais», a gestão era «inclusiva» e os trabalhadores sentiam «vaidade» e «orgulho» no banco para o qual trabalhavam, explicou.

Quando o banco faliu, houve «estupefacção» e um «sentimento de orfandade», frisou Carlos Silva, que atribui o desfecho – cujos custos para o erário público foram de 3,9 mil milhões de euros (e a conta ainda não está fechada) – à «falta de solidariedade dentro da família». «Quando ficou sozinho, caiu sozinho. É triste, mas enfim. Depois de 2014 ficou sozinho. Não tenho dúvidas nenhumas», rematou.

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