Há muito que a população de Portalegre reivindica a aproximação do comboio à cidade. São 13 quilómetros de distância da estação ferroviária ao aglomerado urbano. De todas as capitais de distrito, com comboio ou que já tiveram comboio, Portalegre é a mais distante. Em 2018, o governo de António Costa assumiu o compromisso de reverter esta situação, no quadro das negociações com Os Verdes.
«No segundo governo minoritário do PS, já com Nuno Pedro Santos como Ministro das Infraestruturas, o compromisso foi reiterado e continuou a integrar o PNI/2030», recorda o PEV, através de comunicado. No entanto, constatam os ecologistas, «a proposta não aparece agora nos documentos do Programa Nacional Ferroviário (cuja elaboração decorre de propostas do PEV aprovadas na AR e de negociações com os governos minoritários do PS) disponibilizados para consulta pública».
A ausência do pré-estabelecido leva Os Verdes a concluir que a maioria absoluta fez com que o Executivo do PS perdesse a «noção [...] do que é um compromisso com as populações», criticando que o Alto Alentejo seja, «mais uma vez», o «parente pobre» do Plano Ferroviário Nacional.
Os ecologistas salientam que resolver este problema é fundamental para aumentar a atractividade da ferrovia, «num momento onde as respostas às alterações climáticas exigem que o comboio ocupe o primeiro lugar nos meios de transporte», e prometem não baixar os braços.
«Relembramos que foi graças ao PEV que o transporte diário de passageiros voltou novamente a ligar o Entroncamento a Elvas/Badajoz, em Agosto de 2017», destacam, salientando também o «papel determinante na recuperação do material ferroviário circulante e na recolocação de um segundo serviço na Linha do Leste (se bem que discordando dos horários propostos)».
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