A exigência não é nova. Já em 2023, por ocasião do Dia Internacional dos Museus (18 de Maio), o PCP denunciou o encerramento dos museus municipais aos domingos e feriados, medida que a Câmara Municipal de Viseu justificou com uma alegada baixa afluência aos museus nestes dias.
Os comunistas criticam num comunicado que, em vez de criar uma estratégia que aproxime os museus das pessoas, o Município «escolhe encerrar os museus precisamente nos dias em que há maior disponibilidade das pessoas para este tipo de actividades», obedecendo «a uma lógica puramente economicista».
De acordo com a petição, até Novembro de 2022, os oito museus sob a alçada do Município estavam abertos de terça a domingo, encerrando apenas à segunda-feira e nalguns feriados, «seguindo o horário adoptado por todos os museus nacionais e que é prática comum na esmagadora maioria dos museus do país e até internacionalmente». Mas eis que, nessa altura, a Câmara de Viseu anunciou que todos os museus municipais passavam a encerrar ao domingo, segunda-feira e em todos os feriados, tornando-se a única capital de distrito do país sem museus sob alçada municipal abertos aos domingos.
Apesar do recuo parcial da autarquia, que optou por manter abertos aos domingos os museus Almeida Moreira, Keil do Amaral e de História da Cidade, apenas durante os horários de Verão, mantendo encerrados alguns dos mais visitados, como o Museu do Quartzo, o PCP reivindica que todos estejam abertos aos domingos e feriados, durante todo o ano, à semelhança das demais capitais de distrito. Os comunistas exigem também que sejam criadas medidas que «promovam a política cultural em Viseu, designadamente a actividade museológica».
Acresce a «preocupante situação do Património no plano nacional, cuja orgânica de gestão se encontra em reestruturação, nomeadamente com a transferência de competências entre organismos e tutelas, num processo irresponsável e abrupto promovido pelo Governo PS, que está a deixar o sector em situação caótica». E que, refere o comunicado, «não deu resposta à já denunciada falta de meios materiais e humanos em museus, palácios, monumentos, laboratórios e estruturas de gestão patrimonial, agravando-a mesmo».
O PCP reforça que esta «situação de negligência» face ao Património tende a acentuar-se com a iminência de aposentação de vários trabalhadores, muitos deles especializados, ficando assim comprometido «o dever do Estado de salvaguarda, estudo e divulgação patrimonial». Exige por isso o imediato reforço financeiro do sector e a contratação permanente, com vínculo estável, dos necessários profissionais para o regular funcionamento das várias estruturas e organismos da área do Património.
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