O encerramento recente da António Ramos & Costa, empresa do ramo de conservas por frio, colocando no desemprego cerca de 20 trabalhadores, é um dos exemplos apontados pelos comunistas num comunicado.
De acordo com a nota, a situação é agravada pelas «grandes dificuldades» que alguns destes trabalhadores enfrentam para voltar à actividade, seja por força da idade ou por falta de alternativas no concelho penichense.
A par do encerramento de empresas, o PCP alerta para a situação de «instabilidade» que algumas vivem, devido às limitações de matéria-prima, nomeadamente de sardinha, cuja captura tem sofrido restrições. Mas chama também a atenção para outros ramos de actividade «fulcrais» para a economia local, como é o caso da hotelaria e restauração, onde se conhece uma redução «abrupta» de trabalhadores.
Os comunistas observam que o encerramento de empresas, a par do desemprego crescente, que por vezes atinge famílias inteiras, e das acentuadas quebras de rendimentos dos trabalhadores, em virtude do lay-off ou de cortes nos salários, têm «profundos impactos» na economia local, de que é exemplo o encerramento de salões de cabeleireiro.
Defendem, por outro lado, que o aumento do desemprego e a quebra de rendimentos dificultam o acesso à habitação, num contexto em que as rendas continuam a subir e a resposta no plano da habitação pública ou de habitação com renda acessível «não dá resposta» às famílias em situação de desemprego ou com dificuldades económicas.
O PCP vai mais longe e defende que «tudo deve ser feito» para preservar o emprego e os rendimentos dos trabalhadores, sublinhando que essa é a «principal medida» para impedir o aprofundamento da crise social e salvaguardar a economia do concelho.
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