O Município de Palmela aprovou, por unanimidade, na reunião descentralizada realizada a 21 de Setembro, uma moção que exigia a reabertura imediata da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados (UCSP) de Brejos do Assa.
Enquanto funcionava, a UCSP de Brejos do Assa servia uma população de 947 utentes, todos sem médico de família, prova da importância que a instituição tinha na zona. Desde o encerramento da unidade, os utentes foram encaminhados para a UCSP de Águas de Moura, a mais de 15 quilómetros de distância.
«Muitas localidades, em todo o país, desesperam pela construção de um equipamento que garanta o acesso a cuidados de saúde de proximidade», refere a moção divulgada pela Câmara Municipal de Palmela (CMP), mas a população de Brejos do Assa/Algeruz «debate-se com o problema inverso».
O funcionamento deste serviço, de elevada importância para a população depende, exclusivamente, da celebração de um contrato de arrendamento pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo (ARSLVT)/Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) da Arrábida e respectiva integração no mapa do Auto de Transferência de Competências da área da Saúde para a autarquia. A CMP lamentar estar «à espera» desta revisão desde Maio.
As instalações onde funcionava a UCSP, «construídas pelo povo no pós-25 de Abril», encontram-se encerradas há mais de um ano, «na sequência da aquisição do complexo de edifícios por um particular». O novo proprietário está disponível para arrendar o edifício, faltando apenas a tão-desejada assinatura.
Unanimemente, os vereadores da CMP, liderada por um executivo de maioria CDU, exige à ARSLVT e ao ACES Arrábida «a celebração urgente do contrato de arrendamento com o novo proprietário do edifício, viabilizando a reabertura da Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de Brejos do Assa».