|Grândola

Novo Encontro da Canção de Protesto está aí à porta

A actual edição, dedicada à «canção de protesto em Portugal ante as ditaduras de ontem e a democracia de hoje», decorre em Grândola de 21 a 23 de Junho, com programa variado e entradas gratuitas.

Zeca Afonso morreu aos 57 anos
Créditos / Glosas

«Exposições, sessões testemunhais, cinema, apresentação de livros e concertos com Marco Oliveira, Xullaji, Luís Varatojo – Luta Livre, SÉS, Francisco Fanhais, Manuel Freire e Rogério Cardoso Pires», diz o município grandolense assim por atacado, em nota, para dar uma ideia (resumida) das múltiplas iniciativas que o evento motiva no próximo fim-de-semana.

Dedicada à «canção de protesto em Portugal ante as ditaduras de ontem e a democracia de hoje», esta edição do Encontro da Canção de Protesto irá decorrer em três palcos culturais do centro da Vila Morena: Jardim 1.º de Maio, Biblioteca e Arquivo do Município de Grândola e Cineteatro Grandolense.

De acordo com o programa divulgado, o Encontro começa no próximo dia 21, sexta-feira, com uma arruada, às 18h, da Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, que tem início no Jardim 1.º de Maio — espaço que também acolhe a exposição «Emigração, Exílio e Canção de Protesto».

Cartaz do ECP 2024 / cm-grandola.pt

 A arruada termina na Biblioteca e Arquivo do Município de Grândola, onde será apresentada a exposição «Os Cantores de Protesto e o 25 de Abril: "Vamos Lá Conhecer o Povo"» (18h30) e onde terá lugar o concerto de Marco Oliveira, com o convidado José Peixoto (19h). O primeiro dia termina, com um concerto de de Xullaji, no Jardim 1.º de Maio (22h).

No sábado, dia 22, terá lugar no Cineteatro Grandolense a apresentação da exposição «Discos na Luta: Edições Cooperativas e Políticas da Canção de Protesto no Período Revolucionário» (10h30), da autoria de Hugo Castro.

O mesmo espaço irá acolher, ao longo do dia, diversas iniciativas, como o colóquio «O 25 de Abril e a Edição Discográfica» (11h), com David Ferreira, Miguel Almeida e Hugo Castro, e a sessão de cinema com colóquio associado dedicada à Comunal de Árgea (14h30), com a participação de Francisco Fanhais, Manuela Fazenda, Luís Trindade e Filipe Olival.

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Encontro da Canção de Protesto: «Só tem medo desses muros quem tem muros no pensar»

Grândola volta a receber, nos dias 10, 11 e 12 de Setembro de 2021, o Encontro da Canção de Protesto. Discos lançados em 1971 por Zeca Afonso, José Mário Branco e Sérgio Godinho são um dos destaques.

Francisco Fanhais, Zeca Afonso e José Mário Branco preparam o som dos passos que se ouve na canção, Grândola Vila Morena. Espaço exterior do Château d’Hérouville, em 1971
CréditosPatrick Ullmann / Observatório da Canção de Protesto

A edição deste ano é dedicada «ao hino, A Internacional, e às canções da Comuna de Paris, bem como aos discos de José Afonso, José Mário Branco e Sérgio Godinho gravados em 1971, em Hérouville». Comemora-se, em 2021, os 150 e os 50 anos volvidos sobre estes acontecimentos, respectivamente. 

O programa é composto por uma «exposição produzida pelo Observatório da Canção de Protesto (OCP) para o efeito, seis espectáculos musicais inéditos, três sessões testemunhais, uma de cinema documental, uma sessão de canto livre internacional e um colóquio».

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Sérgio Godinho e os Assessores vão actuar em Grândola esta sexta-feira

O concerto está inserido em mais um Encontro da Canção de Protesto, que arranca esta quinta-feira em Grândola, no distrito de Setúbal.

A entrada em todas as iniciativas é gratuita mediante reserva antecipada e sujeita à lotação da salaCréditos / Região Sul

«Espectáculos musicais, exposições e documentários dedicados à temática do exílio, e colóquios, sessões testemunhais e de canto livre, em que estarão presentes figuras relacionadas com os universos de José Mário Branco e com a canção de protesto» preenchem o programa da iniciativa do Observatório da Canção de Protesto (OCP). 

O Encontro abre hoje, às 21h, no Cine Granadeiro, com a inauguração da exposição «Emigração, exílio e canção de protesto». Amanhã, pelas 21h30, Sérgio Godinho e os Assessores farão uma viagem musical pela carreira do cantor, compositor, escritor, actor de teatro e cinema, «com a recriação de algumas canções que marcaram os discos Os sobreviventes e Pré-Histórias – gravados em 1971 e 1972, respectivamente, em França – e a interpretação de outras, mais ou menos recentes, poeticamente associadas ao conceito de exílio», lê-se na apresentação.

Nasceu da parceria entre o Município de Grândola (entidade promotora), a Associação José Afonso, a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense e os institutos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa: Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM), Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md) e Instituto de História Contemporânea (IHC).

No sábado, o Cine Granadeiro vai acolher um conjunto de sessões testemunhais dedicadas aos universos do cantautor, protagonizadas por personalidades como Ana Matos Fernandes (Capicua), Carlos Fragateiro, Francisco Fanhais, Mário Vieira de Carvalho, Nuno Santos (Prétu Chullage) e Sérgio Godinho.

O Encontro da Canção de Protesto de 2020 encerra no Cine Granadeiro, no domingo (20), com o encontro-colóquio «Contra as ditaduras erguer a voz e cantar» e a actuação do Coro da Casa da Achada – Centro Mário Dionísio.

Criado em Março de 2015 (ver caixa), o Observatório da Canção de Protesto (OCP) tem como objectivo o estudo, salvaguarda e divulgação do património musical, tangível e intangível, da canção de protesto, produzido durante os séculos XX e XXI.

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De entre as várias sessões preparadas para as manhãs, tarde e noites dos dias 10, 11 e 12 de Setembro, destaca-se a «recriação de algumas canções que marcaram os discos Os Sobreviventes e Pré-Histórias — gravados em 1971 e 1972, em França», pelo Sérgio Godinho, assim como a «interpretação de outras, mais ou menos recentes, poeticamente associadas ao conceito de exílio».

Esta apresentação, que terá lugar às 21h do dia 10, no recinto do complexo desportivo José Afonso, insere-se no âmbito das «comemorações dos 50 anos sobre a publicação do disco Romance de um Dia na Estrada e a gravação do disco Os Sobreviventes».

Entre um conjunto de outras iniciativas, o Cine Granadeiro, auditório municipal de Grândola, vai acolher, entre as 10h e as 13h30, e as 16h e as 18h do dia 11 de Setembro, «um conjunto de sessões testemunhais dedicadas às geografias de Grândola, Vila Morena, aos discos de 1971 gravados em Hérouville e aos usos e contextos do hino A Internacional».

Os testemunhos e intervenções ficarão a cargo do António Mota Redol, Arturo Reguera, Joana Manuel, Maite Angulo, Susana Martins, Adelino Gomes, Francisco Fanhais, José Manuel Nunes, Sérgio Godinho, Ricardo Andrade, António Moreira, Carlos Moreira, Paulo Guimarães, Samuel Quedas e Hugo Castro

Anthony Seeger, sobrinho do conhecido cantor norte-americano Pete Seeger, apresentará, às 11h do dia 12, uma comunicação com «o tema, A função política e social da canção, seguida de intervenções de Diana Dionísio, Mário Correia, Salwa Castelo-Branco e João Carlos Callixto».

«O Encontro da Canção de Protesto de 2021 encerra com um espectáculo dedicado ao disco Cantigas do Maio, interpretado por Francisco Fanhais, João Afonso e a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense», que terá Rui Pato como convidado especial.

A entrada em todas as iniciativas é gratuita, mediante a reserva antecipada do lugar, sujeita à lotação dos espaços.

Observatório da Canção de Protesto

Com o objectivo de estudar, salvaguardar e divulgar o «património musical tangível e intangível da canção de protesto produzido durante os séculos XX e XXI», o OCP foi fundado em 2015, tendo como entidade promotora a Câmara Municipal de Grândola (CMG).

Constituem o OCP, para além do município alentejano, a Associação José Afonso, a Sociedade Musical Fraternidade Operária Grandolense, e os institutos da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa: Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical (CESEM); Instituto de Etnomusicologia – Centro de Estudos em Música e Dança (INET-md); e o Instituto de História Contemporânea (IHC).

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Pelas 17h, inicia-se a apresentação dos livros Os Primeiros Anos: A Correspondência José Afonso/Rocha Pato (1962-1970), de Octávio Fonseca, e José Afonso — A Patriótica Espia Sabia Bem Onde Morder…, de Mário Correia. À noite (22h), o Jardim 1.º de Maio recebe o concerto de Luís Varatojo — Luta Livre.

No domingo, dia 23, o Cineteatro Grandolense acolhe, às 11h, a sessão testemunhal «Usos Tradicionais na Reconfiguração da Música Popular Portuguesa», com Domingos Morais, Mário Correia, Manuel Rocha, Maria José Campos e Sara Maia, e, pelas 15h, a apresentação do livro de entrevistas de José Afonso intitulado José Afonso, Semeador de Palavras.

O Encontro da Canção de Protesto termina com uma sessão de canto livre (15h30), dividida em duas partes. Primeiro, cabe à cantora, compositora e instrumentista galega SÉS apresentar-se em formato trio; depois, subirão ao palco Francisco Fanhais, Manuel Freire e Rogério Cardoso Pires.

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