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Moedas saiu a meio da reunião extraordinária do executivo da Câmara de Lisboa

Convocada a pedido do PCP na sequência do trágico acidente do elevador da Glória, realizou-se ontem a reunião extraordinária do executivo da Câmara de Lisboa. Carlos Moedas saiu da reunião a meio de forma a evitar questões por parte dos vereadores. 

CréditosTiago Petinga / Lusa

Ao arrepio da vontade do presidente da Câmara Municipal, o PCP avançou com um pedido de reunião extraordinária de vereadores da Câmara Municipal de Lisboa. Carlos Moedas, que tem procurado fugir ao embate político e ao questionamento, foi forçado a ceder, no entanto, parece que nem assim quis dar explicações, escudando-se na figura do seu vice-presidente, Filipe Anacoreta Correia. 

Segundo o apurado, a reunião que começou às 9h30, na Sala do Arquivo dos Paços do Concelho sofreu uma interrupção no final da manhã, para ser realizada uma análise das propostas entregues. Foi nesse momento que o presidente da Câmara Municipal de Lisboa abandonou a reunião. 

De acordo com o noticiado por diversos jornais, Carlos Moedas ausentou-se do resto dos trabalhos para se reunir com a ministra da Saúde, Ana Paula Martins, para se inteirar do estado dos feridos do incidente que ainda continuam internados. Por responder ficaram, então, 22 questões feitas por parte dos vereadores. 

No final da reunião, sem a presença de Carlos Moedas, Filipe Anacoreta Correia, vice-presidente da Câmara, disse aos jornalistas que «é muito importante promovermos uma política de partilha de informação, uma das propostas foi para a criação de um portal da transparência».

Apesar deste episódio, foram aprovadas quase todas as propostas apresentadas. O PCP conseguiu aprovar a elaboração de um diagnóstico da evolução do sistema de recursos e competências técnicas internas da Carris. Para os comunistas importa «avaliar as condições necessárias à recuperação e internalização destes recursos e competências».

Já o PS, para além da criação do Gabinete Municipal de Apoio às Vítimas e de um Fundo Municipal de Apoio às Vítimas, aprovou ainda a criação de uma comissão externa de auditoria. 

O Executivo viu aprovado a criação de um memorial às vítimas do acidente na Calçada da Glória e também a criação de um Fundo Municipal de Apoio às Vítimas do Ascensor, para assegurar o pagamento de despesas às famílias das vítimas mortais e dos feridos graves e ligeiros.
 

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