As quatro escolas, do segundo e terceiro ciclos, passaram para a gestão do município sadino na sequência do processo de descentralização de competências na área da educação, mas as necessidades são várias e urgentes. Salas de aula com infiltrações, falta de um pavilhão para a realização de aulas de educação física, pavimentos danificados e salas com pavilhões de madeira com poucas condições de segurança fazem parte do diagnóstico elaborado na visita desta terça-feira à Escola Básica de Azeitão.
Segundo André Martins, presidente da Câmara de Setúbal, este tem sido um procedimento habitual. A autarquia «tem promovido ultimamente várias visitas a escolas também para falar com os professores, auxiliares, alunos e encarregados de educação», por ser com eles «que também se encontram soluções para os graves problemas que existem», defendeu o presidente, citado num comunicado do Município.
Segundo a nota, o responsável mostrou-se ainda preocupado pelo facto de o poder central ter transferido os estabelecimentos para o município «já degradados e sem as condições necessárias para os requalificar».
Esta quinta-feira, a Câmara Municipal de Setúbal organiza uma conferência, na qual será apresentado o balanço do primeiro ano de transferência de competências na área da Educação para a autarquia e onde será abordada também a questão da degradação dos edifícios escolares.
Um ano após a autarquia ter assumido a gestão das escolas, «ainda não sabemos como vamos resolver estes problemas graves [...] que o poder central tem a responsabilidade de executar», deixa saber já André Martins.
Além da Escola Básica de Azeitão, a visita desta terça-feira contemplou também as escolas básicas Barbosa du Bocage e de Aranguez, e a Escola Secundária de Bocage, que passaram para a gestão do município setubalense na sequência do processo de descentralização de competências.
Entretanto, a vice-presidente da Câmara Municipal de Setúbal, Carla Guerreiro, que detém o pelouro da Educação, quer explicações do Governo para a não inclusão da Escola Básica de Aranguez na lista do Ministério da Educação, uma vez estar «a precisar de intervenção muito urgente».
«Não temos tido respostas por parte do Governo. Vamos novamente questionar para perceber quais foram os critérios aplicados para que a escola não esteja classificada como muito urgente na lista de prioridades para requalificação, tendo em conta a existência de problemas de infiltração graves», salientou a responsável.
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