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|privatização

Futuro dos Açores define futuro da SATA e o futuro da autonomia da região

No Fórum da Aviação Regional Sustentável 2024, a CEO da SATA Air Açores sublinhou que o processo de privatização da companhia aérea açoriana «está suspenso, não encerrado», que «foi parado por questões políticas e, agora, há de ser retomado». Paira a ameaça.

CréditosEduardo Costa / Lusa

São palavras da CEO da SATA SATA Air Açores, também conhecida como Serviço Açoriano de Transportes Aéreos, e indicam que o futuro da companhia aérea passa por aquilo que o Governo regional PSD/CDS-PP/PPM com o apoio do Chega preparou: a privatização.

No Fórum da Aviação Regional Sustentável 2024 Teresa Gonçalves, que substituiu Luís Rodrigues como presidente do conselho de administração da SATA Holding no passado mês de Abril de 2023, vincou que o processo de privatização da companhia aérea açoriana «está suspenso, não encerrado».

A mesma deixou claro o seu papel na companhia ao dizer que o «processo foi parado por questões políticas e, agora, há de ser retomado» e que «a SATA tem até 2025 para fazer a privatização». Ou seja, a CEO cujo trabalho seria administrar uma empresa pública e não mais do que isso, vaticinou qual deve ser o futuro da empresa, mesmo que essa não seja a sua função e, assim, evidenciou que era somente uma extensão do Governo regional que esteve submetido aos grandes interesses económicos.

A justificação para o processo de privatização prende-se com as orientações da Comissão Europeia que impõem a alienação da empresa da esfera do Estado e tanto o Governo da República, como o Governo Regional assim o decidiram acatar. É neste contexto que as eleições regionais dos Açores ganham ainda mais importância.

Uma empresa como a SATA, sendo responsável pelas ligações dentro e com o exterior do arquipélago, enquanto está na esfera pública é o garante da autonomia da região e da coesão territorial. Ao ser privatizada coloca em causa o elemento da autonomia e o futuro dos Açores e dos açorianos que podem ser confrontados com a degradação do serviço e preços proibitivos. 

Recorde-se que, com concurso que foi aberto e que iniciou o processo de privatização, o Governo Regional dos Açores abriu aos privados a possibilidade de poderem vir a ter entre 51% e 85% do capital social da SATA. Em qualquer cenário, a participação pública, sendo minoritária, submete-se ao interesse privado. 

Até à suspensão do processo de privatização havia dois interessados na companhia aérea açoriana: o Atlantic Consortium, formado pela Vesuvius Wings, White Airways, Old North Ventures, Consolidador e EuroAtlantic Airways; e o consórcio formado pela Newtour/MS Aviation que apresenta a maior proposta. 

Importa recordar que o Governo Regional constituído pelas direitas abriu o processo em 2022, um ano em que o número de passageiros da companhia aérea aumentou 67% para mais de 1 milhão e a receita duplicou para um recorde de 211 milhões de euros, enquanto o prejuízo líquido encolheu 39% para 34,2 milhões de euros. 
 

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