A iniciativa partiu da Comissão de Utentes da Saúde do Médio Tejo (CUSMT) e da Comissão de Utentes dos Serviços Públicos do Concelho de Constância, tendo em conta a situação «lesiva e preocupante», «reflexo do incumprimento» do direito constitucional à saúde, revela a CUSMT numa nota à imprensa.
As estruturas criticam a «tentativa» de suprir a falta de médico de família através de um clínico contratado por empresas prestadoras de serviços, mas que «não responde às necessidades» da população. Adiantam que os «sucessivos médicos contratados consultam um número reduzido de doentes, não asseguram o acompanhamento de doenças crónicas como por exemplo a consulta de diabetes e hipertensão, nem tão pouco a saúde materno-infantil».
A situação agrava-se pelo facto de a população ser, na sua maioria, idosa, com saúde debilitada e com poucos rendimentos. Por outro lado, lê-se na moção, também os habitantes que estão no activo «têm rendimentos baixos e são vítimas do aumento de preço dos bens essenciais e dos juros, tornando-se assim oneroso e desumano obrigar a população a deslocar-se à unidade de saúde da sede do concelho, onde só há consulta de recurso».
As comissões de utentes apelam às entidades responsáveis que tomem as medidas necessárias para a colocação de um médico a tempo inteiro, com aproveitamento integral da Extensão de Saúde de Santa Margarida, «cumprindo o princípio da proximidade na prestação de cuidados de saúde à população».
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