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FNAM. Encaminhamento de grávidas para o privado resulta de «más decisões»

A Federação Nacional dos Médicos (FNAM) admite que a transferência de mulheres grávidas do Hospital de Santa Maria para o sector privado se deve a «falta de democracia» e a um «ambiente de conflito». 

CréditosAntónio Cotrim / Agência Lusa

O Hospital de Santa Maria começou hoje a enviar grávidas «de baixo risco» (partos menos complicados e também menos onerosos) para hospitais privados, decisão que, defende a FNAM, resulta de «um conjunto de más decisões por parte do Conselho de Administração».

A estrutura sindical frisa numa nota à imprensa que os médicos do serviço «alertaram, mais uma vez», para a irregularidade da escala e «têm-se mostrado abertos ao diálogo e à procura de soluções». No entanto, afirma, «um conjunto de más decisões do Conselho de Administração do Centro Hospitalar Universitário de Lisboa Norte não tem permitido a resolução do ambiente de conflito que se vive no Hospital de Santa Maria».

A situação no serviço de Ginecologia e Obstetrícia do Hospital de Santa Maria «continua problemática», desta vez pela «enorme dificuldade na elaboração da escala do serviço de urgência de Julho, não cumprindo os requisitos mínimos previstos para o seu funcionamento».

Por outro lado, explica a Federação, «o afastamento dos responsáveis pelo serviço, as ameaças de cancelamento de férias e outras represálias, como o não pagamento de horas extraordinárias, perante a união dos médicos do serviço de ginecologia-obstetrícia, têm dificultado encontrarem-se as soluções para uma transição eficaz do bloco de partos para o Hospital São Francisco Xavier, durante as obras no Hospital de Santa Maria». 

Recorde-se que, tal como noticiado aqui, o Governo mantém a decisão de encerrar o bloco de partos do Hospital de Santa Maria a 1 de Agosto, apesar de a publicação do concurso datar apenas de 19 de Junho, o que permitiria manter a unidade em funcionamento até que a empreitada estivesse adjudicada. 

No passado dia 21, foi demitida a direcção do Departamento de Obstetrícia, Ginecologia e Medicina de Reprodução por questionar o plano e a falta de auscultação da equipa. Mas, segundo a FNAM, os médicos do serviço têm defendido que os chefes de departamento demitidos «são os que reúnem a confiança técnico-científica para coordenar este processo e que a necessidade de implementar um regime democrático e de cooperação é essencial para permitir as condições de trabalho necessárias que garantam os melhores cuidados de saúde e de segurança para as utentes».

A FNAM critica a forma «apressada e desajeitada» como o encerramento está a ser conduzido e insiste ser «fundamental que os processos sejam transparentes e democráticos». Sobre as declarações do ministro da Saúde, de que «o diálogo tem um limite», afiança que «a paciência dos médicos também». «É preciso não esquecer que a valorização do trabalho médico é uma peça fundamental para evitar este tipo de situações e permitir que os médicos fiquem no Serviço Nacional de Saúde», alerta.

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