Assim que tomaram conhecimento da «má notícia», esta quarta-feira, os utentes rapidamente pediram esclarecimentos à Unidade Local de Saúde, à ministra da Saúde, Marta Temido, e à Administração Regional de Saúde do Alentejo.
Neste momento aguardam respostas, mas o sentimento é de grande apreensão, revela Dinis Silva, da Coordenadora das Comissões de Utentes do Litoral Alentejano, ao AbrilAbril.
A Unidade de Convalescença do Litoral Alentejano (UCLA), integrada na Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados, estava a ser gerida pela Administração Regional de Saúde do Alentejo e o Hospital do Litoral Alentejano, em Santiago do Cacém (Setúbal), cedia-lhe o espaço. Dinis Silva defende que este serviço é essencial para o tratamento e recuperação dos utentes que a ela recorrem, mas que agora serão obrigados a recorrer a outras unidades, longe das suas residências e famílias.
«Os utentes servidos por esta instituição recusam ver delapidados serviços essenciais a uma população com características geodemográficas particulares», lê-se numa nota da coordenadora das comissões de utentes, que ao mesmo tempo condena o encerramento num momento caracterizado pela conquista e reposição de direitos.
As comissões defendem que cabe ao Governo, e em particular ao Ministério da Saúde, travar este processo e reconhecer o «défice crónico» de pessoal, contratando profissionais de saúde em número suficiente para «colmatar a grave carência».
Segundo dados da tutela, entre 2011 e 2018, a UCLA acolheu utentes entre os 18 e os 64 anos, 80% deles com dependência parcial. Os resultados obtidos permitiram que 90% destes utentes tivessem saído da unidade funcionalmente independentes.
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