Foi a 2 de Abril de 1976 que os deputados da Assembleia Constituinte aprovaram a Lei Fundamental do nosso país, com o voto contra do CDS-PP; um documento de cunho progressista que passou a consagrar direitos, como a educação, saúde, protecção social, trabalho, habitação e saúde, mas também liberdades.
Com vista a celebrar a Constituição da República e alertar para os perigos da sua subversão, cerca de três dezenas de organizações, como a Associação Conquistas da Revolução, Casa do Alentejo, Frente Anti-Racista, Voz do Operário, Manifesto em Defesa da Cultura, Movimento Democrático de Mulheres (MDM) e Projecto Ruído, promovem um desfile, amanhã, em Lisboa, com concentração pelas 17h30, no Largo do Carmo.
Volvidos 48 anos da sua aprovação e apesar das sete revisões de que foi alvo, «retrógradas e viradas para o passado (apesar de alguns aperfeiçoamentos em alguns artigos), as quais foram elaboradas pelas forças políticas que afirmam hipocritamente defender a liberdade, a democracia e o progresso social», continua a ser uma Constituição «que é necessário exercer, divulgar e cumprir», lê-se no apelo da iniciativa, onde está prevista uma intervenção de José Pedro Soares, ex-deputado da Assembleia Constituinte e coordenador da União de Resistentes Antifascistas Portugueses (URAP).
O Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), URAP, Federação Nacional dos Professores (Fenprof/CGTP-IN), Interjovem e Inter-Reformados (CGTP-IN) e Movimento pelos Direitos do Povo Palestino e pela Paz no Médio Oriente (MPPM) são outras entidades, a par de movimentos como Os Mesmos de Sempre a Pagar e Porta a Porta, que integram a comissão promotora do desfile.
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