O Itinerário Complementar (IC) 33 liga a auto-estrada do Sul (A2) a Santiago do Cacém (Relvas Verdes) e os presidentes das câmaras de Alcácer do Sal, Grândola, Santiago do Cacém, Odemira e Sines reivindicam que a infra-estrutura passe a ter perfil de auto-estrada, com quatro faixas em vez das actuais duas.
Por esta razão, mas também pela recuperação urgente do troço do IC1, entre Alcácer do Sal e Palma, os autarcas que integram a Comunidade Intermunicipal do Alentejo Litoral (CIMAL) estiveram reunidos com o ministro das Infraestruturas, na passada sexta-feira. A degradação dos 16 quilómetros que separam Alcácer do Sal e Palma, no IC1, motivou um debate no passado dia 3, uma das últimas acções de luta organizadas pela comissão de utentes.
Num comunicado da CIMAL, o seu presidente, Vítor Proença (Câmara Municipal de Alcácer do Sal), alerta para os enormes riscos de segurança para quem circula naquela via, que liga a região de Lisboa ao Alentejo Litoral e ao Algarve, e é bastante utilizada por veículos pesados de mercadorias.
Sobre este assunto, Pedro Nuno Santos comprometeu-se a dar indicações à Infraestruturas de Portugal (IP) para que as obras sejam efectuadas com a maior brevidade. Já quanto ao IC33, o ministro anunciou que a obra será financiada na totalidade pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e terá que ficar concluída durante o primeiro semestre de 2026.
Da agenda da delegação da CIMAL fazia também parte a situação da Estrada Nacional 253, entre Alcácer do Sal e a Comporta, que, devido à inexistência de bermas soma um «elevado número de acidentes». Segundo a CIMAL, o ministro Pedro Nuno Santos ficou de estudar uma solução com a IP.
Os presidentes dos cinco municípios defenderam ainda a construção de uma via com perfil de auto-estrada entre Sines e Odemira, e, no plano ferroviário, o restabelecimento urgente das ligações interurbanas entre Alcácer do Sal, Grândola, Ermidas-Sado e as restantes estações e apeadeiros da Linha do Sul, ao longo do percurso entre Alcácer do Sal e o limite sul do concelho de Odemira.
A reunião foi também uma oportunidade para os eleitos manifestarem o seu desagrado com o facto de, novo Plano Ferroviário Nacional, não estar prevista a passagem de comboios de alta velocidade na Linha do Sul, «fazendo-se a ligação ao Algarve apenas pelo interior do Alentejo, através de Évora e Beja».
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