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|Ambiente

Abate de sobreiros em Sines deve ser travado «imediatamente»

Aprovado pelo Governo, o abate de 1821 sobreiros para a construção de um parque eólico da EDP na região de Morgavel (Sines) é um «atentado» ao património natural que urge travar, afirma o PCP. 

Créditos / Rádio Campanário

Um despacho publicado em Diário da República no dia 1 de Agosto declarou a «imprescindível utilidade pública do Parque Eólico de Morgavel e da linha eléctrica» que a EDP quer construir, e que exige o corte de milhares de árvores protegidas por lei. 

São 1821 sobreiros, que se estendem por 32,22 hectares, tendo então o Governo argumentado que foram equacionadas alternativas no momento de Avaliação de Impacte Ambiental e que o projecto se encontrava em conformidade ambiental. Desde então já se realizaram vários protestos contra a decisão da eléctrica aprovada pelo Governo. Esta segunda-feira, o PCP defende num comunicado que o abate de sobreiros na região de Morgavel é «um atentado ao património natural» e «deve ser imediatamente travado». Por outro lado, acrescentam os comunistas, para a «denuncia o cair da máscara dos grandes grupos económicos que se escondem por detrás das preocupações ambientais e com o futuro do planeta».

Segundo a nota, a proliferação de vários projectos «ditos verdes» não é nova no Complexo Industrial e Logístico de Sines - CILS. «O grande número de projectos apresentados nos últimos tempos gera uma pressão muito elevada sobre os terrenos do CILS, sendo alarmante que, sob a capa da defesa do ambiente, os principais grupos económicos da área da energia continuem a explorar recursos públicos, seja através de tarifas elevadas, subsídios ou apropriação de fundos comunitários», criticam os comunistas.

O caso do abate de sobreiros pela EDP junto à barragem de Morgavel «é um exemplo gritante em que manifestamente se pretende legitimar todo o tipo de manobras para continuarem a aprofundar a exploração dos trabalhadores e também a delapidação do património natural», insiste o PCP, acrescentando que «não existem medidas concretas» para a protecção do Montado, nem a implementação de medidas compensatórias na região por parte da EDP, após o abate dos sobreiros. Recorde-se que, em 2022, a eléctrica arrecadou lucros de 679 milhões de euros.

Certos de que «o capitalismo não é verde», os comunistas apontam para a necessidade de encontrar soluções de baixo carbono, que, além de «verdadeiras alternativas», assegurem a autonomia e independência energética nacionais. Neste sentido, aproveitam para recordar o encerramento «prematuro» da Central Termoeléctrica de Sines, «ao qual foi dado cobro pela maioria PS no executivo da Câmara Municipal de Sines», e que, defendem, «pode ser apresentado como o reverso da medalha para o abate de sobreiros».

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