Nos 16 anos de existência da Missão Milagre no país sul-americano, chegaram ali oito brigadas médicas provenientes de Cuba, que deram vida ao Hospital Oftalmológico José Martí, ajudaram a formar especialistas uruguaios e, em conjunto, realizaram mais de 109 mil intervenções oftalmológicas.
As operações foram realizadas depois de serem detectadas enfermidades em mais de 800 mil consultas e 210 mil pesquisas, que tiveram lugar em todo o país, sobretudo entre as camadas sociais com menos recursos e entre a população mais idosa.
Evelyn Almira, chefe da brigada médica cubana, disse à Prensa Latina que nestes 16 anos os especialistas caribenhos sentiram o agradecimento da população uruguaia, algo que fica patente também nas placas penduradas nas paredes da sede da missão médica, manifestando o reconhecimento da parte de diversas organizações do país.
Entre elas, contam-se a Organização de Reformados e Pensionistas do Uruguai (Onajpu), de vários sindicatos, municípios, partidos e movimentos sociais.
Integram actualmente a brigada 21 membros, na sua maioria mulheres, dos quais dez são médicos, quatro são formados em Enfermaria, um é optometrista e outro é especialista em electromedicina, havendo ainda um condutor e um cozinheiro, indica a fonte.
Desde 2007 e… 2005
A missão «chegou» ao Uruguai em 2005 como parte de um acordo com Cuba para acabar com a primeira causa de cegueira reversível no país, as cataratas. Em Outubro desse ano, viajou até à Ilha o primeiro grupo de 30 pacientes, para serem operados às cataratas e tratados a outras doenças da vista.
Entre Outubro de 2005 e 2007, criou-se uma ponte aérea que transportou mais de 2000 uruguaios até Cuba. Finalmente, a 27 de Novembro de 2007, nasceu, nos arredores de Montevideu, o Hospital Oftalmológico José Martí, que começou a funcionar com a ajuda da primeira brigada médica cubana no país sul-americano.
O projecto humanitário Missão Milagre ou Operação Milagre foi instituído em 2004, por iniciativa do governo de Cuba com o apoio da Venezuela, no âmbito dos programas de integração dos povos da América Latina, com o propósito de tornar possível que pessoas com baixos recursos fossem e sejam operadas a diversos problemas de carácter oftalmológico. Entretanto, alargou-se a mais de uma centena de países.
«Vocês dão luz»
Nas vésperas do 16.º aniversário, a brigada médica cubana no Uruguai acolheu a visita de Noemí Rabaza, vice-presidente do Instituto Cubano de Amizade com os Povos (ICAP), que, segundo refere a Prensa Latina, esteve acompanhada por Lilia Zamora, directora para a América Latina dessa instituição, e pela embaixadora da Ilha em Montevideu, Zulan Popa.
«Vocês dão luz«, disse Rabaza aos seus compatriotas.
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